O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), considerou desnecessária nesta quarta-feira a compra de computadores portáteis tablets a alunos da rede municipal de ensino. Recentemente, bandidos roubaram 2,5 mil aparelhos num montante de 6 mil adquiridos na gestão passada do ex-prefeito Chico Galindo (PTB).
De acordo com o prefeito, a necessidade da educação da capital é a melhoria na estrutura física das creches e escolas. "Hoje, várias escolas dispensam alunos quando chove porque chove dentro. E resolver estes problemas é a nossa prioridade", destacou o prefeito em entrevista a Rádio CBN Cuiabá (AM-590).
E, para justificar sua teoria, ele comparou o caso a compra de carros. "É lógico que eu quero ter uma Ferrari. Mas antes, prefiro ter uma casa boa toda estruturada e um carrinho popular para me locomover", disse.
O prefeito justificou que os aparelhos roubados ainda não haviam sido distribuídos devido a falta de capacitação de professores e alunos para operá-los. "Nem mesmo alunos do Colégio Maxi, que é particular e um dos mais conceituados da cidade, usam deste equipamento", colocou.
Além disso, Mauro considerou que a carga adquirida era insuficiente para atender toda a demanda de alunos. "Seriam beneficiados apenas seis mil num universo de 50 mil estudantes", assinalou.
Apesar de toda a polêmica envolvendo a ferramenta eletrônica, Mauro Mendes disse que a prefeitura irá honrar o pagamento dos tablets com a empresa fornecedora. "Foi firmado o compromisso pelo gestor anterior e cabe a nós pagar, e vamos fazer isso", garantiu. A compra de seis mil tablets custará cerca de R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.





