Mãe confessa ter violentado e matado filho de 2 anos em canavial de MT


Corpo de menino foi encontrado em canavial em Tangará da Serra.
Polícia aponta que suspeita pode ter tentado desviar foco da investigação.

Do G1 MT
Corpo da criança foi encontrado em canavial de Tangará da Serra. (Foto: Marcelo Souza/ TV Centro América)Segundo polícia, mãe chegou a tentar desviar foco das
investigações. (Foto: Marcelo Souza/ TV Centro América)
A mãe da criança encontrada morta no mês de março em um canavial da região de Tangará da Serra, município a 242 quilômetros de Cuiabá, assumiu que assassinou o assassinato do menino de dois anos. Em depoimento à Polícia Civil após a prisão, a jovem de 18 anos inocentou o cônjuge, que era padrasto do garoto e que também chegou a ser preso por suspeita de envolvimento no crime.
A jovem informou à Policia Civil que cometeu o crime sozinha e ainda disse que os abusos sexuais, os quais haviam deixado marcas de violência no cadáver, foram praticados por ela mesma.
De acordo com a delegada Liliane Diogo, a acusada contou em detalhes como cometeu o crime e levou os policiais até o local para mostrar como tudo ocorreu até a morte da criança, em um canavial a 450 metros da casa da  família. Ela teria utilizado um pedaço de madeira para golpear o menino.
Depois, acreditando que ele estava morto, depositou o corpo em outro ponto do canavial, a mais de dois quilômetros da casa. A perícia concluiu que a criança ainda estava viva quando foi deixada no local e que morreu em decorrência de choque hipovolêmico (perda de sangue).
Depoimento
A mulher e o companheiro haviam sido presos na manhã desta quarta-feira (17), em Tangará da Serra, em cumprimento a mandado de prisão temporária.
A suspeita afirmou ter cometido violência sexual contra a criança, a qual foi confirmada por laudo pericial. A Polícia Civil acredita que mulher cometeu o abuso para desviar dela o foco das investigações. 
A delegada informou que o padrasto da vítima, de 43 anos, negou o envolvimento com o crime e admitiu que desconfiava da frieza da mulher. “Sabíamos que tinha sido alguém da família, mas ainda não tínhamos certeza de quem. Por isso, pedimos a prisão dos dois. A confissão da mãe bate com nossas investigações e os laudos periciais. Concluímos então que ela não está mentindo. Mas vamos continuar investigando”, declarou a delegada. 
A polícia pediu a revogação da prisão temporária do padrasto do menino. O outro filho da mulher foi encaminhado aos cuidados de uma casa transitória de Tangará da Serra.
O caso
O assassinato da criança chegou ao conhecimento da polícia no dia 18 de março. A família da vítima registrou boletim de ocorrência dando conta de seu desaparecimento. No outro dia, o corpo do menino foi encontrado em um canavial próximo à casa onde ele morava com o padrasto, a mãe e o irmão. O cadáver apresentava marcas como uma lesão no rosto e estava vestido apenas por uma camisa.
Segundo a polícia, a mãe do menino já tinha histórico de violência cometida contra o filho. Em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando a mãe por ter arremessado a criança durante uma discussão do casal.
Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.
Uma semana antes da morte da vítima, a mãe foi condenada a cumprir seis meses de medida sócio-educativa em liberdade por ter arremessado o filho em 2011.
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