Corpo de menino foi encontrado em canavial em Tangará da Serra.
Polícia aponta que suspeita pode ter tentado desviar foco da investigação.
A mãe da criança encontrada morta no mês de março em um canavial da região de Tangará da Serra, município a 242 quilômetros de Cuiabá, assumiu que assassinou o assassinato do menino de dois anos. Em depoimento à Polícia Civil após a prisão, a jovem de 18 anos inocentou o cônjuge, que era padrasto do garoto e que também chegou a ser preso por suspeita de envolvimento no crime.
A jovem informou à Policia Civil que cometeu o crime sozinha e ainda disse que os abusos sexuais, os quais haviam deixado marcas de violência no cadáver, foram praticados por ela mesma.
De acordo com a delegada Liliane Diogo, a acusada contou em detalhes como cometeu o crime e levou os policiais até o local para mostrar como tudo ocorreu até a morte da criança, em um canavial a 450 metros da casa da família. Ela teria utilizado um pedaço de madeira para golpear o menino.
Depois, acreditando que ele estava morto, depositou o corpo em outro ponto do canavial, a mais de dois quilômetros da casa. A perícia concluiu que a criança ainda estava viva quando foi deixada no local e que morreu em decorrência de choque hipovolêmico (perda de sangue).
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Depoimento
A mulher e o companheiro haviam sido presos na manhã desta quarta-feira (17), em Tangará da Serra, em cumprimento a mandado de prisão temporária.
A mulher e o companheiro haviam sido presos na manhã desta quarta-feira (17), em Tangará da Serra, em cumprimento a mandado de prisão temporária.
A suspeita afirmou ter cometido violência sexual contra a criança, a qual foi confirmada por laudo pericial. A Polícia Civil acredita que mulher cometeu o abuso para desviar dela o foco das investigações.
A delegada informou que o padrasto da vítima, de 43 anos, negou o envolvimento com o crime e admitiu que desconfiava da frieza da mulher. “Sabíamos que tinha sido alguém da família, mas ainda não tínhamos certeza de quem. Por isso, pedimos a prisão dos dois. A confissão da mãe bate com nossas investigações e os laudos periciais. Concluímos então que ela não está mentindo. Mas vamos continuar investigando”, declarou a delegada.
A polícia pediu a revogação da prisão temporária do padrasto do menino. O outro filho da mulher foi encaminhado aos cuidados de uma casa transitória de Tangará da Serra.
O caso
O assassinato da criança chegou ao conhecimento da polícia no dia 18 de março. A família da vítima registrou boletim de ocorrência dando conta de seu desaparecimento. No outro dia, o corpo do menino foi encontrado em um canavial próximo à casa onde ele morava com o padrasto, a mãe e o irmão. O cadáver apresentava marcas como uma lesão no rosto e estava vestido apenas por uma camisa.
O assassinato da criança chegou ao conhecimento da polícia no dia 18 de março. A família da vítima registrou boletim de ocorrência dando conta de seu desaparecimento. No outro dia, o corpo do menino foi encontrado em um canavial próximo à casa onde ele morava com o padrasto, a mãe e o irmão. O cadáver apresentava marcas como uma lesão no rosto e estava vestido apenas por uma camisa.
Segundo a polícia, a mãe do menino já tinha histórico de violência cometida contra o filho. Em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando a mãe por ter arremessado a criança durante uma discussão do casal.
Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.
Uma semana antes da morte da vítima, a mãe foi condenada a cumprir seis meses de medida sócio-educativa em liberdade por ter arremessado o filho em 2011.