Delegado diz que a efetivação de mais servidores dão possibilidade de implantar (DPEA).
Em carta ao Correio Popular, o delegado regional de Imperatriz, Assis Ramos, deu o seu parecer em relação à matéria publicada na edição de quinta-feira (18), na qual havia as declarações do coordenador do Conselho Tutelar Área I, José dos Reis, e do Delvan Tavares, Juiz de direito da Vara da Infância, afirmando que na maioria dos casos de violência contra crianças e adolescentes, os suspeitos não são presos.
“Concordo que não estamos investigando como deveríamos, mas não por falta de competência ou força de vontade, mas sim por falta de estrutura, sobretudo, na questão de material humano, pois não temos investigadores e escrivães necessários, infelizmente”, revela o delegado. De acordo com ele, para atender a demanda na cidade de casos que envolvem os menores, deveria existir uma delegacia especializada: Delegacia de Proteção a Criança e Adolescentes (DPEA). “Nós não temos”, garante Assis Ramos.
Segundo o Delegado, todos esses casos envolvendo menores (sexo feminino) são encaminhados para a Delegacia Especializada da Mulher (DEM), que já tem outras demandas, entre elas, a violência doméstica familiar contra a mulher. Inclusive, a delegada da mulher, Kelly Kioka Haraguch, afirma que, nesses primeiros meses, os dados em relação à violência doméstica estão preocupantes, pois já foram registrados 200 casos.
A ocorrência de abuso sexual é um dos casos que mais preocupa os conselheiros, de acordo com José dos Reis. A delegada Kelly afirma que, só nesses três primeiros meses, já houve 24 casos de abuso sexual, sendo que esse número é mais do que todas as ocorrências durante o ano de 2012, com 23 casos.
De acordo com Kelly, a função da Delegacia da Mulher é atender os casos relacionados à violência contra mulher e também de meninas que foram vítimas de exploração sexual. Porém, nesses casos, se for denúncia, a delegacia investiga e manda os processos para a autoridade competente, só então é decido se há prisão preventiva. Caso o suspeito seja flagrado no ato do crime, imediatamente é preso.
De acordo com o Delegado Assis Ramos, a Delegacia da Mulher conta com 4 investigadores, 2 escrivães, 2 delegadas, 4 estagiários e 1 psicóloga. Ele afirma, em sua reposta ao Jornal, que o Juiz Delvan Tavares não está errado. Porém, a estrutura oferecida não beneficia o trabalho da equipe. Ele acrescenta que a realização de concurso público e a efetivação de mais profissionais dão a possibilidade de implantar, de fato, a Delegacia de Proteção a Criança e Adolescentes (DPEA).
Assis Ramos concorda com fala polêmica do Juiz Delvan Tavares
abril 20, 2013
exploração sexual, Últimas notícias