Líder religioso de Samambaia é acusado de abusar de sete meninas
Após cinco meses de investigações, a 26ª Delegacia de Polícia de Samambaia conseguiu prender o pastor Manoel Teoplicio de Souza Ribeiro, de 51 anos. Ele é acusado de abusar sexualmente de crianças que frequentavam a igreja Assembleia de Deus, localizada na QR 615, em Samambaia. De acordo com a polícia, o pastor se aproveitou da posição de líder religioso para molestar sete meninas com idades entre 5 e 11 anos. A prisão ocorreu na última terça-feira (14), em cumprimento a mandado de prisão preventiva.
Ribeiro é pastor da igreja há 13 anos. Ele é casado há 30 anos e tem uma filha de 24 anos de idade. As denúncias de abuso surgiram de forma anônima. Segundo a pessoa que o denunciou, ele abusava sexualmente de duas sobrinhas. No entanto, no decorrer das investigações, confirmou-se que ele também teria abusado de crianças que frequentam a igreja.
De acordo com o delegado-chefe da 26ª DP, Mauro Aguiar, os crimes ocorriam sempre na sua residência, entre os anos de 2005 e 2010. Manoel dizia às mães que ele iria fazer uma massagem espiritual nas crianças. Assim, elas ficavam em sua casa durante um tempo, sendo acariciadas pelo abusador. Segundo relatos de algumas vítimas, que foram ouvidas pela polícia, para convencer as crianças, o criminoso, dizia que “as massagens praticadas nas genitálias eram para liberar os hormônios inibidores dos desejos sexuais.” As testemunhas disseram ainda que ele alegava para os menores que teria apreendido essa “técnica” quando serviu o exército.
Até agora, a polícia conseguiu identificar sete crianças que foram abusadas. Em depoimento, o pastor negou tudo e alegou haver um complô contra ele. De qualquer forma, o autor irá responder a quatro crimes de estupro de vulneráveis e atentado violento ao pudor, com violência presumida, além de uma tentativa de abuso. Ele pode pegar até 47 anos de prisão. A polícia estima ainda que pelo menos mais três crianças tenham sido molestadas por ele. Se isso for verdade, sua pena pode se agravar.
O Jornal Alô Brasília tentou entrar em contato com a Assembleia de Deus, mas a igreja não retornou as ligações.
Da Redação do Alô Brasília





