AIDS Confirmada a prisão de pedófilos em Piraquara, com 32 mil imagens. Um é aidético


Policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prenderam dois  suspeitos de pedofilia contra meninos, usando internet, grupos religiosos e  escoteiros para se aproximar das vítimas. Com Edson Mariano Atanásio, 29 anos, e
Waldomiro Rodrigues da Silva, 36 anos, foram apreendidas 32 mil imagens de  crianças nuas e mantendo relações sexuais com adultos e entre si. Em alguns  casos os detidos também faziam sexo com as vítimas, caracterizando estupro. Um
deles é soropositivo para HIV.
Os dois foram detidos em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, quando entregavam uma máquina fotográfica a um garoto, de 12 anos. A câmera, conforme as investigações, era dada às crianças que não tinham webcam em seus computadores para registrar poses sensuais. “Eles obtiveram material pornográfico de um menino, de 5 anos, e mantiveram relações com dois irmãos gêmeos. Depois, obrigaram os dois irmãos a manterem relações entre si”, contou o delegado-titular do Cope, Amarildo José Antunes.
A prisão foi feita na sexta-feira (19), e as investigações continuaram desde então  para descobrir a extensão do crime cometido pelos dois. Antunes salientou que já  foram identificadas nove vítimas. “Atanásio é soropositivo para HIV, o que mais
assusta os pais das crianças que descobriram que seus filhos foram abusados ou  correram esse risco ao se aproximarem da dupla”, afirmou.
REDES SOCIAIS
– O Cope foi avisado do crime pelo pai de um garoto, de 12 anos. “Ele descobriu  que o filho tinha conversas estranhas pelo Facebook. Entrou no meio da conversa,  intimidou o pedófilo. Em seguida ele voltou a procurar o garoto e o pai nos
procurou”, relatou o delegado. Antunes explicou que Atanásio e Silva  criavam perfis falsos nas redes sociais como se fossem crianças e pediam para a  vítima ficar nua e se masturbar em frente à webcam. “Para aqueles que não tinham
webcam eles ofereciam câmeras fotográficas”, contou. A dupla costumava também  participar de grupos religiosos e de escoteiros, para poder se aproximar das  crianças.
O delegado explicou que a dupla oferecia entre R$ 5 e R$ 10  para que os meninos gravassem os vídeos. “Há casos em que eles mantiveram  relações sexuais com o menino dentro da casa dele, quando os pais saíam de
casa”, informou Antunes. Uma organização não governamental e uma chácara, em Rio  Branco do Sul, na RMC, também foram usadas para os abusos sexuais.
ORIENTAÇÕES – O delegado disse que os pais precisam tomar cuidados para  evitar que seus filhos sejam aliciados por criminosos. Uma das orientações  básicas é deixar o computador na sala e fiscalizar os conteúdos acessados pelos
filhos. Os pais devem evitar que a criança tenha computador no quarto,  principalmente com webcam, e não permitir que publique imagens ou informações  pessoais nas redes sociais.
“Os pais têm que ficar atento com aquele  garoto que minimiza a tela da internet quando um adulto se aproxima. Mudanças de  comportamento devem ser levadas em consideração. É importante que os pais saibam
falar com os filhos, não há tecnologia que substitua a relação de confiança,  afeto e diálogo entre pais e filhos”, disse Amarildo.