Mauro Mendes (PSB):Vereadores amenizam discurso crítico e já elogiam ações do prefeito de Cuiabá

Da Redação

Após um início conflituoso, a relação entre o prefeito Mauro Mendes (PSB) e os vereadores de Cuiabá já dá sinais de melhoras. Durante a abertura dos trabalhos legislativos na manhã de hoje, alguns vereadores considerados de oposição teceram elogios ao socialista, principalmente, em relação ao secretariado.

"Quero elogiar o prefeito pela maturidade em nomear um ex-adversário para formar seu staff. Carlos Brito é uma pessoa preparada para ocupar o cargo, pois conhece bem a cidade e tem experiência", disse o vereador Toninho de Souza (PSD). Todavia, o parlamentar reforçou que, apesar do secretário ser do mesmo partido, a nomeação dele é uma escolha pessoal do prefeito. "Mantenho a posição de independência nesta casa", colocou.

O elogio ao secretariado também foi feito pelo vereador Domingos Sávio (PMDB), que apoiou o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) durante os dois turnos. "Tenho certeza que o prefeito montou uma equipe muito boa", disse ao citar, além de Brito, o secretário de Governo, Fábio Garcia.

Domingos frisou que a disputa política encerrou após o segundo turno e que, agora, prefeito e vereadores se unirem pela capital. "É hora de colocar uma pá de cal no que passou e trabalharmos por Cuiabá", destacou.

Outro vereador que entrou em confronto com o prefeito, Onofre Júnior (PSB), adotou um discurso conciliador na sessão. Onofre foi taxado como "traidor", por apoiar e fazer parte da chapa de oposição na eleição da Mesa Diretora, mesmo pertencendo ao mesmo partido de Mauro Mendes. "Ajudei com muita honra a eleger Mauro Mendes e quero continuar ajudando a gestão, mas sem subserviência e com a independência de um poder", ponderou.

Rusgas

No início do ano, o prefeito entrou em conflito com a maioria dos vereadores. Após "perder" a eleição da Mesa Diretora para um grupo de oposição, Maauro Mendes viu a Câmara se rebelar, e ingressar com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade), contra o aumento de 25% da alíquota do IPTU aprovado no final do ano passado.

Mauro era a favor do aumento e teve que recuar após consultar a Procuradoria do Município.

Com a abertura do trabalho legislativo, a expectativa é sobre o veto do prefeito ao aumento do próprio salário. A medida é vista como pressão aos vereadores vetarem o próprio reajuste salarial, bem como o aumento da verba indenizatória.