Jornal aponta Riva como ficha suja; deputado aposta em "complô"


"Tem gente de Mato Grosso que aparece articulando isso", se defendeu o presidente da Assembleia

RepórterMT/AAJ
Riva afirma que nunca foi condenadoRiva afirma que nunca foi condenado
ANA ADÉLIA JÁCOMO

Nesta segunda-feira (11), o jornal Folha de São Paulotrouxe como destaque uma reportagem especial sobre a eleição das Assembleias Legislativas do país. Segundo levantamento, nove deputados foram eleitos para comandar a Casa de Leis, com fichas duvidosas. 

Entre eles, o presidente da AL em Mato Grosso, José Riva (PSD), foi apontado como um dos que enfrenta mais problemas judiciais. O jornal afirma que ele chegou a ser cassado, mas conseguiu voltar meses depois, sendo réu em mais de cem ações cíveis e penais e com quatro condenações judiciais em primeira instância. A notícia é um apanhado e fatos já "antigos".


Riva, no entanto, desmentiu as afirmações da publicação e garantiu ao RepórterMT que que jamais foi condenado em nenhum processo e tampouco teve seu mandato cassado. Para ele, as matérias publicadas no jornal de circulação nacional são patrocinadas por políticos do Estado, que teriam interesse em fragilizar sua imagem pública. Leia a íntegra AQUI.

“Eu ainda não li essa reportagem, mas a verdade é a seguinte: no Brasil o cara é condenado antes de ser julgado. A Folha faz um trabalho articulado quando tem interesses. Tem gente de Mato Grosso que aparece articulando isso. Acredito na finalização do julgamento desses processos, mas quero ser julgado por juízes isentos, com direito a ampla defesa. Não tenho nenhum processo condenado e nunca fui cassado, nenhum sequer foi julgado”, rebateu o deputado.

O promotor de justiça Célio Fúrio, autor da maioria das ações contra Riva, afirmou à Folha que há uma lacuna na lei e que, por isso, o judiciário não tem conseguido punir e nem impedir que políticos se efetivem em funções públicas

"Tecnicamente, a gente não pode chamá-lo de ficha-suja, mas não se tem notícia na história do Estado de um parlamentar com tantos problemas, seja de 'influência política', seja de improbidade administrativa", afirmou o promotor.

Além de Riva, o jornal afirma que Chico Guerra (PSDB), reeleito para a Assembleia de Roraima, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região por participação no chamado "esquema dos gafanhotos", que desviou dos cofres estaduais R$ 200 milhões.

Ricardo Marcelo (PEN), que novamente comandará o Legislativo da Paraíba, teria tido a prestação de contas da sua campanha de 2006 rejeitada pelo Tribunal Regional Eleitoral local.

No levantamento, a reportagem encontrou casos de condenações em primeira instância contra presidentes dos Legislativos de Alagoas, Espírito Santo e Minas Gerais, além de acusações contra os do Rio, Acre e Piauí --cujo chefe, Themístocles Filho (PMDB), está no quinto mandato seguido.

Para Jovita Rosa, diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, trata-se de uma "situação esdrúxula" permitir que deputados que se enquadram nas atuais vedações da Lei da Ficha Limpa comandem Assembleias.

Ela se encontrou com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, no final de janeiro e pediu agilidade nos julgamentos de políticos.

"Se a pessoa ainda está respondendo processo, a gente não sabe se é inocente ou não. As eleições de 2014 estão chegando aí, e a Lei da Ficha Limpa precisa valer para todos", afirma.

Na Bahia, em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, os comandantes das Casas não somam problemas judiciais, mas simbolizam o amplo continuísmo nos Legislativos estaduais. Nos três casos, eles assumem o quarto mandato consecutivo.

Fonte:http://reportermt.com.br/politica/noticia/25990

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