Hopi Hari admite falhas e lembra morte de jovem


'Segue na lembrança', diz vice-presidente do parque 1 ano após acidente. 
Gabriela Nichimura, de 14 anos, morreu ao cair do brinquedo 'elevador'.


Às vésperas de completar um ano damorte da estudante Gabriela Nichimura, o vice-presidente do Hopi Hari, Cláudio Guimarães, admite que as falhas provocaram mudanças na rotina do parque de diversões, em Vinhedo (SP). Além disso, ele ressalta que o acidente nunca será esquecido.


"Essa história nunca vai se apagar, ela continua na nossa lembrança. Nossa preocupação é com a segurança. Isso nunca vai se apagar da nossa história", explicou Guimarães. Gabriela, de 14 anos, morreu ao cair do brinquedo 'La Tour Eiffel'. Ela morava com a família no Japão e passava férias no Brasil.

Segurança dos visitantes
O vice-presidente do Hopi Hari disse que o parque realizou diversos trabalhos para aprimorar o atendimento ao público e reduzir o risco de novos acidentes. "Foi uma série de falhas que, em conjunto, causou isso [acidente]. Nós reavaliamos todos os procedimentos, inclusive somos certificados pelo [sistema de qualidade] ISO 9001. Redobramos a atenção", afirmou Guimarães.

Após o acidente, o Hopi Hari assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), junto ao Ministério Público, no qual se comprometeu a fazer adequações como a tradução do manual dos brinquedos para língua portuguesa, contratação de um serviço de consultoria e implantação de duplo controle do fechamento das travas de segurança na montanha-russa (Montezum). Segundo a assessoria do MP, os itens previstos até fevereiro foram cumpridos.

Além disso, outro acordo foi estabelecido com o Ministério Público do Trabalho (MPT), após fiscais constatarem jornada de trabalho irregular. A assessoria do órgão informou que os itens previstos no documento estão sendo regularizados.
A atração La Tour Eiffel, no Hopi Hari, que está interditada após acidente com morte (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)Brinquedo permanece fechado desde a morte de
Gabriela  (Foto: Fernando Pacífico/ G1 Campinas)
Acordo com a família
O parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (SP), afirmou na tarde desta sexta-feira (22) que formalizou um acordo para indenizar a família de Gabriela. A família pedia R$ 4,6 milhões por danos morais e não confirmou a informação. 
Julgamento
O juiz da 1ª Vara Criminal de Vinhedo, Fábio Marcelo Holanda, acolheu a denúncia feita pelo Ministério Público contra 12 pessoas, entre elas, o presidente do parque, Armando Pereira Filho. Eles responderão pelo crime de homicídio culposo - quando não há intenção de matar.
Silmara Nichimura, mãe da vítima, conta que a família está ansiosa pelo início das audiências e reclama da falta de rigor no poder Judiciário. "Não entendemos a demora. Perdemos um pedaço de nós e o parque está como se nada tivesse acontecido. É uma vergonha, pois aqui os japoneses jamais colocariam em risco a vida de seus entes queridos".
Em nota, a assessoria do parque de diversões Hopi Hari informou que "cumprirá com todas as suas responsabilidades perante a família Nichimura e que o acordo foi homologado na Justiça".

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