Em defesa de vice-governador, Riva ataca deputado: “É inimigo declarado”

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva (PSD) e o deputado Emanuel Pinheiro (PR) protagonizaram o primeiro grande embate da legislatura, em 2013. O clima esquentou entre os parlamentares que trocam graves acusações. No olho do furacão, está a Lei Complementar 427/2011 que concede ao vice-governador Chico Daltro (PSD) ascendência sobre a Ager, Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso (MT Fomento), e Defesa Civil. Ele acumula, também, a presidência do Conselho Superior do Sistema Estadual de Informação e Tecnologia da Informação e do Conselho Deliberativo do Centro de Processamento de Dados (Cepromat).

Visivelmente irritado, Riva taxou o deputado de “criança birrenta”, que não gosta de ser contrariada. Ele desferiu críticas a conduta parlamentar de Pinheiro e revelou ser seu “inimigo declarado”.

Sem papas na língua e cansado das “falácias” de Emanuel Pinheiro, Riva em defesa dos “super poderes” de Daltro, disse que o vice-governador tem cumprido o seu papel e se há distorções quanto a Lei Complementar que sejam corrigidas, e desafiou: “Agora o senhor quer propor uma emenda para corrigir os erros depois de ter falado mundos e fundos e exposto todo mundo?”.

De acordo com o presidente da AL, Emanuel Pinheiro acumula dois salários, sendo um de maneira ilegal proveniente do Fundo de Assistência Parlamentar (FAP), referente à aposentadoria.

“Eu não vou aceitar ninguém criar birra por que não gosta de fulano. Daltro é parceiro e tem desempenhado suas funções. Eu não posso me calar, ao ver companheiro sendo execrado. Ninguém teve coragem de fazer o que o PSD fez, assumir três pastas, que não dá uma do PR”, disse.

Para José Riva, o deputado Emanuel Pinheiro tem mostrado sua verdadeira face, numa menção as articulações feitas em surdina para comprometer o trabalho do presidente do Legislativo: “Ele passa fazer pela frente o que ele fazia pelas costas”, frisou.

Já Emanuel Pinheiro que tentou interromper o discurso de Riva, por algumas vezes, disse se sentir intimidado, pontuando que o excesso de poder do presidente subiu-lhe a cabeça e seu discurso é antidemocrático e vergonhoso. Segundo ele, é inadmissível abandonar as funções parlamentares para usar a tribuna e sair em defesa de um partido.