Diretor da CAB ignora Câmara e aumento de 15% na água sairá por "herança" de Galindo


Gilson Nasser
Da Redação
Convidado a ir a Câmara de Cuiabá nesta terça-feira para explicar o pedido de reajuste de 15% da tarifa de água, o diretor-executivo da CAB Cuiabá, Ítalo Jofilly, não compareceu ao Legislativo e irritou a maioria dos vereadores. Na sessão de hoje, os parlamentares aprovaram uma convocação do diretor, que por este recurso, será obrigado a comparecer ao parlamento.

"Temos que convocá-lo com urgência. Ele precisa vir a público falar o que a CAB está está fazendo em Cuiabá; qual o planejamento estratégico da empresa para cumprir os itens o contrato; e o porque deste reajuste", argumento o vereador Dilemário Alencar (PTB), autor do requerimento de convocação de Ítalo.
Dilemário, que foi secretário em várias pastas na administração do ex-prefeito Chico Galindo (PTB), autor da concessão, reforçou as críticas a empresa, que não está conseguindo solucionar a problemática da falta de água na capital do Estado. "Até aqui no centro da cidade, onde não faltava água, está faltando. É um absurdo", frisou.
Segundo o vereador, a proposta da Câmara é tentar vetar o reajuste proposta pela empresa, previsto para entrar em vigor já no mês de abril. "Este reajuste pode até ser legal, mas é imoral. A CAB não está prestando serviço adequado a população", argumentou o vereador, demonstrando que dificilmente o Legislativo conseguirá barrar o aumento acima até mesmo dos índices inflacionários.
A CAB protocolou, junto a AMAES (Agência Municipal de Regulação dos Serviços de Água e Esgoto), pedido de reajuste da tarifa de água no mês de dezembro de 2012. Todavia, o pedido se tornou público apenas no mês de fevereiro e, desde então, a empresa se posicionou sobre o tema por meio de uma nota de esclarecimento - Veja Aqui.
Audiências públicas
Além da convocação do diretor da CAB, os vereadores aprovaram a realização de cinco audiências públicas para debater, junto a população, os serviços prestados pela CAB Cuiabá. A audiência é um instrumento que será utilizado pela Câmara para um eventual pedido de rescisão do contrato entre a prefeitura e a empresa.
Serão quatro audiências nos bairros, com participação popular, e uma na própria Câmara, com presença de entidades representativas. "É hora de ouvir o povo e constatar que o melhor caminho é a rescisão do contrato", colocou o vereador Toninho de Souza (PSD).

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