Silas Caetano teria contratado um pistoleiro para matar o rapaz, na época com 24 anos
DA REDAÇÃO
A Justiça condenou o comerciante Silas Caetano de Farias, de 72 anos, a 13 anos de prisão em regime fechado como mandante do assassinato de seu enteado, Jorge Luiz Puffal Salomão, então com 24 anos, executado com nove tiros no dia 4 de setembro de 2005, na estrada da Ponte de ferro.O julgamento no qual o comerciante foi condenado por quatro votos ocorreu ontem (21), no Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, que foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri de Siqueira.
Para o promotor criminal João Augusto Gadelha, “fez-se Justiça”, uma vez que o processo é rico em provas e contou com o depoimento da mãe da vítima, que detalhou a forma como o comerciante agia com os próprios filhos, transformando-os em criminosos. A condenação foi por homicídio qualificado – motivo torpe e como mandante.
Segundo o promotor, o comerciante mostrava uma “máscara para a sociedade” ao mostrar a esposa que tinha em São Paulo com quem convivia em harmonia, mas ocultava outras três mulheres com as quais teve três filhos em Mato Grosso.
“Esses filhos eram usados em ação criminosas, foram colocados pelo próprio pai no mundo do crime”, afirmou o representante do Ministério Público durante o julgamento.
João Gadelha usou um tom profético em sua consideração inicial. “Esse Júri revela o sinal dos tempos, onde pai mata filho por causa de herança”.
Conforme o processo criminal, a vítima na noite anterior estava em um espetinho com o irmão e um amigo, mas recebeu um telefonema e deixou o local. Ele foi visto pela última vez por volta das 20h, no condomínio onde morava, no bairro Verdão, pilotando uma moto Falcon preta, na companhia de outro homem, que pilotava outra moto.
As investigações apontam que o comerciante contratou um pistoleiro para eliminar o enteado – o jovem começou a viver com o comerciante aos quatro meses de idade.
O comerciante está em prisão domiciliar pela prisão preventiva e, agora, pela condenação. Caso descumpra a prisão, deverá voltar para regime fechado. Ele está há quase dois anos preso e como se trata de crime hediondo, deverá cumprir dois quintos – mais de cinco anos para ganhar progressão de pena.
Em novembro, Silas também enfrentou o mesmo Tribunal do Júri. Ele foi inocentado de ser o mandante do assassinato do próprio filho, o jovem Marcelo Dias, então com 22 anos.
O crime ocorreu no dia 14 de março de 2004, por volta das 20h, em frente ao lava-jato de propriedade da vítima, avenida Marechal Deodoro da Fonseca esquina com a rua Tenente Eulálio Guerra, no bairro Araés, em Cuiabá.
O pai foi absolvido por quatro votos a três pelos jurados, que entenderam não haver provas suficientes de que ele seria o mandante do homicídio. Nos próximos meses, será julgado pelo assassinato do filho Erico.
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