A sombra da pedofilia sobre o conclave


  • Assim como cardeal Roger Mahony, que depõe neste sábado, outros são suspeitos de encobrir casos de abusos
DO LA NACIÓN (EMAIL)
Publicado:
Atualizado:

Foto de arquivo mostra cardeais entrando na Capela Sistina para o início do conclave que elegeria Bento XVI Foto: AP (18-4-2005)
Foto de arquivo mostra cardeais entrando na Capela Sistina para o início do conclave que elegeria Bento XVI AP (18-4-2005)
ROMA — A sombra do escândalo de pedofilia no clero se estende ao conclave que vai eleger o sucessor de Bento XVI. Nos últimos dias, aumentaram as pressões para que o cardeal americano Roger Mahony, arcebispo de Los Angeles acusado ​​de ter encoberto 129 casos de pedofilia e que depõe neste sábado, não faça parte da reunião. Mas ele não o único sob suspeita.

Como a imprensa italiana destacou na quinta-feira, assim como Mahony - que foi obrigado a renunciar a todas as suas obrigações públicas e episcopais - há outros cardeais com atitudes pelo menos questionáveis entre os 117 eleitores.
Um deles é americano Justin Francis Rigali, que em 2011 renunciou por limite de idade à Diocese de Filadélfia, e enfrentou nos últimos meses de mandato um relatório que o acusava de ter falhado em esclarecer as acusações de pedofilia contra 37 sacerdotes, destacou Franca Giansoldati , vaticanista do jornal “Il Messaggero“.
Na Bélgica, a polícia teve que apreender, há três anos, o computador do cardeal Godfried Danneels, também acusado de estar envolvido no acobertamento de sacerdotes que teriam abusado de menores. E na católica Irlanda, investigações do governo revelaram uma centena de casos de abuso ao longo de décadas em instituições religiosas, tais como orfanatos, escolas e paróquias, que envolveram o cardeal primaz Sean Brady.
- Se a presença de Mahony cria dificuldades, poderia ser oportuna uma renúncia - disse o monsenhor Gianfranco Girotti, ex-chefe da Penitenciária Apostólica, destacando que, do ponto de vista jurídico, o cardeal não tem qualquer impedimento.
O escândalo de abusos também respingou no australiano George Pell, acusado de esconder alguns crimes, assim como o mexicano Norberto Rivera Carrera, que teria protegido um padre que abusou de mais de uma centena de menores no México e nos Estados Unidos.
Carrera também havia se calado, desde 1997, sobre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo e pedófilo a ponto de abusar de seus próprios filhos legítimos. A sombra de Maciel se entende a outros como o polaco Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal de João Paulo II, o esloveno Fran Rodé e o argentino Leonardo Sandri. Investigações mostram que todos eles estariam a par da escandalosa vida dupla de Maciel, mas preferiram se calar.
- Se conseguem de fato excluir Mahony do conclave, muitos outros também não deveriam participar - disse ao “La Nación” uma fonte.
De acordo com a constituição que regula o encontro, no entanto, “nenhum cardeal eleitor poderá ser excluído da eleição, por nenhum motivo ou pretexto.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/a-sombra-da-pedofilia-sobre-conclave-7655839#ixzz2Lk1c4BoO
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

0 Comments:

Postar um comentário

Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com