Jacques Gosch
Sobre a dívida, Mauro afirma que qualquer posicionamento ainda é prematuro. Segundo o prefeito, os números divulgados são extra-oficiais. “Os débitos que forem identificados pela Comissão podem ser lançados na dívida ativa. Tudo será feito de acordo com a legislação”, garantiu.
Sem esconder o descontentamento, Mauro confirmou que Galindo havia prometido deixar R$ 15 milhões em caixa. “A surpresa é que havia apenas R$ 95 mil. Com esse valor, nada podemos fazer”, admitiu.
Embora tenha ficado surpreso com a situação financeira da prefeitura, Mauro mantêm no secretariado três colaboradores de Chico Galindo que ocupava postos-chave na gestão anterior. Lamartine Godoy (PTB), nomeado para o Desenvolvimento Urbano, foi o “homem-forte” do ex-prefeito ocupando as secretarias de Saúde e Governo. Já Guilherme Muller (Receita) e Adriana Barbosa (Gestão) eram membros da “equipe econômica“ do petebista.
O prefeito defende as nomeações afirmando que a questão da dívida pública, omitida por Galindo, não era da alçada dos secretários mantidos nos cargos. “O Guilherme Muller cuidava da arrecadação. As dívidas não eram sua atribuição. O Lamartine e a Adriana também não cuidavam do assunto”, justificou.
Evitando criticar Galindo, Mauro afirmou que cumprirá rigorosamente a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Vou cumprir todas as minhas obrigações como gestor. Determinei que a prefeitura só faz despesas com dinheiro em caixa. Tudo será pago literalmente em dia”, concluiu.