Redação
Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá estão apreensivos com a promessa da prefeitura de que eles serão retirados do local em aproximadamente 90 dias e irão até o Palácio Alencastro na próxima sexta-feira (1º) apresentar as reivindicações da categoria. Segundo o presidente da Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá (Apetac), Luciano de Souza José, duas alternativas serão colocadas em discussão. A primeira é a permanência dos atacadistas no local já que a área para construção do prometido Centro de Abastecimento (Ceasa) ainda não foi desapropriada, impedindo a início da obra. Para isto, outra área teria que ser escolhida pela prefeitura, pois no local está prevista a construção de estacionamento VIP da Arena Pantanal.
De imediato, a escolha de outro espaço, no entanto, está sendo rechaçada pela prefeitura que determinou ao secretário de trabalho e desenvolvimento econômico, Elias Andrade, a busca de uma solução ainda que provisória para o problema herdado de gestões passadas.
Outra opção apontada pelo presidente da Apetac é o alargamento do prazo de saída dos permissionários, atrelado a construção imediata do prometido Ceasa. Conforme Luciano, o adiamento chegou a ser discutido com o governador do Estado, Silval Barbosa, no sábado (26). Segundo ele, Silval concordou que o impasse não pode ser mais adiado e prometeu solucioná-lo de forma definitiva em reunião com o prefeito Mauro Mendes. “Não vamos aceitar a retirada a toque de caixa como querem a prefeitura e a Secopa e não queremos uma solução paliativa apenas. Se for preciso vamos acionar até mesmo a justiça”, garante Luciano.
Luciano diz ainda que, se forem realmente obrigados a sair do terminal, os cerca de 200 permissionários que atuam no local vão “quebrar”. Além do prejuízo financeiro para os feirantes, ele acrescenta que toda a população de Cuiabá sofrerá com o desabastecimento de produtos básicos da alimentação. Segundo ele, por dia, são comercializadas na feira mais de 500 toneladas de hortifrutigranjeiros, que abastecem supermercados, restaurantes, hotéis, escolas e hospitais.
Além dos permissionários, de acordo com dados da Apetac, mais de mil pessoas envolvidas indiretamente com o comércio de hortifrutigranjeiros no local também serão penalizadas. O permissionário Mario Antônio Chaves não concorda com a retirada. Além de ser ponto já tradicional do comércio atacadista de hortifrutigranjeiros na capital, ele considera que a área escolhida pela prefeitura, próxima ao Trevo de Santo Antônio do Leverger, é de difícil acesso. Já para o presidente da Apetac, o lugar foi escolhido com o pensamento no futuro. “Um Ceasa não pode ser localizado no centro da cidade e é assim em todos os municípios do país”, afirma. É o que pensa Pedro Caniso, que compra produtos da feira para revender. Para ele, a mudança e modernização do terminal é a melhor saída. “Aqui não tem estrutura, é um caos”.
A planta do novo Ceasa prevê a construção de estacionamento com cerca de 700 vagas, posto médico e policial e praças para comércio. De acordo com a Apetac, a obra teria custo total de R$ 20 milhões. O atual Terminal Atacadista de Cuiabá foi instalado provisoriamente no Verdão em 1995.
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