Estudante de Medicina Vicentina trabalha como voluntária no auxílio às vítimas de Santa Maria


Estudante de Medicina mora há três anos na cidade, onde faz faculdade.
Bombeiro de Santos também acompanha os trabalhos em Santa Maria.

Do G1 Santos


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Uma estudante de São Vicente, no litoral de São Paulo, está ajudando dezenas de vítimas do incêndio que matou 231 pessoas em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A jovem, que mora na cidade há 3 anos por causa do curso de medicina, ajudou no resgate das vítimas e está em um hospital da cidade colaborando com o atendimento das pessoas.

Aline Fernanda Nascimento conta como está sendo o trabalho como voluntária. “Como eu ainda sou estudante, fiquei mais na triagem, recebendo os pacientes menos graves, os que só inalaram a fumaça. Coloquei eles na nebulização e passei a medicação. Agora os pacientes mais graves já iam para a sala de emergência. Já tinha uma equipe pronta para recebê-los”, disse ela.
A jovem conta que, apesar da concentração para fazer um bom trabalho, a situação de alguns jovens que chegavam ao hospital emocionaram a equipe. “Foi triste a gente ver jovens que foram se divertir e voltaram naquele estado. É muito triste”, falou a jovem.
Bombeiro
Um bombeiro aposentado que mora em Santos, no litoral de São Paulo, também está na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Jefferson Vilela, que está no local desde quarta-feira (23), visitava o filho, que mora na cidade, quando a tragédia aconteceu.
Segundo Vilela, Santa Maria sempre pareceu uma cidade alegre mas, depois da tragédia, nenhum resquício do que a cidade era antes pode ser achado. "O que a gente sente aqui é um sentimento de perda muito grande. A gente não vê tantas conversas, tantas reuniões. A gente não vê uma alegria que geralmente a gente via no povo de Santa Maria”, explica.
Segundo o santista, as pessoas estão se mobilizando para ajudar os feridos e os familiares das vítimas. “Estou hospedado bem perto do Hemocentro de Santa Maria. Desde ontem a gente já notou que existe um movimento muito grande. O sentido de voluntariado aqui do pessoal, principalmente do pessoal do sul, é muito grande”, relata ele.
Incêndio
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos. Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo informou a instituição em sua página na internet.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
"Fatalidade"
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia. A direção do estabelecimento classificou o ocorrido como uma "fatalidade", afirmou que a empresa está em "situação regular" e à disposição das autoridades. A nota foi emitida pelo grupo de advogados associados Kümmel & Kümmel, que representa os proprietários da boate.
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Boate que pegou fogo em Santa Maria (RS) estava com alvará vencido (Foto: Germano Roratto/Agência RBS)Boate que pegou fogo em Santa Maria (RS) estava com alvará vencido (Foto: Germano Roratto/Agência RBS)

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