Menino está internado na UTI do Pronto-Socorro de Cuiabá.
Suspeitos do crime são os próprios pais da criança que foram detidos.
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O menino de dois anos que sofreu traumatismo craniano após ser espancado e ter sofrido abuso sexual supostamente pelos pais, em Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá, continua internado no Pronto-Socorro de Cuiabá em estado gravíssimo. A unidade de saúde informou que os aparelhos que o mantém vivo serão retirados para verificar se irá reagir ao quadro clínico que aponta para morte encefálica.
Por meio da assessoria, o diretor clínico do hospital, Luiz Augusto, disse que o quadro pode ser caracterizado como morte encefálica porque a criança não reagiu ao atendimento prestado. O paciente encontra-se em coma induzido e entubado com ventilação mecânica. No entanto, a confirmação de morte cerebral só pode ser feita depois da retirada os aparelhos que o ajudam a respirar. Conforme o hospital, o estado é quase irreversível.
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Os pais do menino foram presos e autuados em flagrante pelos crimes de tortura e estupro de vulnerável. Isso após um laudo médico apontar que a criança apresentava lesões nas partes íntimas, indicando que havia sofrido abuso sexual. A mãe do menino de 27 anos e o pai, de 21, trabalhavam em um frigorífico de Tangará da Serra e não tinham passagem criminal, segundo a polícia.
No relatório médico consta ainda que a criança teve os dentes quebrados e estava com hematomas pelo corpo, inclusive no rosto. Conforme a polícia, os atos de violência vinham ocorrendo há aproximadamente um ano. Os pais do menino trabalhavam em um frigorífico da cidade.
Considerada uma das principais testemunhas do crime, a babá do menino disse, em depoimento, que constantemente a criança aparecia com lesões e marcas pelo corpo. A Polícia Civil informou que a testemunha contou que a vítima disse que a mãe a agredia.
A criança deu entrada em um hospital de Tangará da Serra no último dia 30 depois de ter uma convulsão e ficar desacordada. Ele foi internado na UTI da unidade de saúde e após o estado de saúde se agravar foi transferido para o Pronto-Socorro da capital, de acordo com o Conselho.
Os médicos de Tangará da Serra relataram que no momento do incidente os pais da criança chamaram a polícia, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer o filho. À polícia, os pais alegaram que criança teve convulsões e bateu a cabeça no chão, o que teria provocado traumatismo craniano, constatado pelos médicos.
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