'Lúdio é um fantoche de Eder, Bezerra e Riva', afirmam militantes do PT

Assessoria de Imprensa Mauro Mendes 40

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Cerca de 300 membros do PT, entre eles militantes históricos e membros da executiva municipal, se desfiliaram do partido por não concordarem com a conduta adotada pelo candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT). Em coletiva à imprensa, nesta quarta-feira (17), eles afirmaram que Lúdio está sendo utilizado como "marionete" e que, se ele vencer, quem vai governar Cuiabá será Eder Moraes, José Riva (PSD), Silval Barbosa (PMDB) e Carlos Bezerra (PMDB).

A previsão é que até o final do dia mais de 300 pessoas se desfiliem do PT, o que representa 30% da direção municipal da sigla e 6% do total de filiados em Cuiabá.
"Optamos por ficar fora de uma trincheira que neste momento disputa a eleição como fantoche do Eder Moraes, do Bezerra e do Riva. Estão todos juntos de braços dados. Se o PT vencer, não será protagonista, e sim uma mera marionete na prefeitura", declarou o agora ex-presidente do diretório, Vilson Aguiar, que deixou a sigla após 30 anos de filiação.
FACILMENTE MANIPULÁVEL - Ex-membro da Executiva estadual do PT, Jairo Rocha disse que Lúdio tem se mostrado ser uma pessoa "facilmente manipulável" e está sofrendo influências de Eder, Riva e Bezerra, que, segundo ele, são os verdadeiros coordenadores da sua campanha. "Nomearam o deputado Alexandre César como coordenador, mas quem manda mesmo é o Eder e nós não aceitamos ser cúmplices disso".
Lembrou ainda que Lúdio sempre combateu o modelo de saúde adotado pelo governo do Estado e hoje caminha ao lado do governador Silval Barbosa e acusou diversos petistas de estarem "se vendendo". "Se quiséssemos nos vender, procuraríamos o Silval, como eles estão fazendo, negociando cargos no governo. Se a gente quisesse cargos, sentaríamos no colo do Eder Moraes, como muitos petistas estão fazendo".
Jairo Rocha também criticou a atuação de Lúdio Cabral como vereador, destacando o fato de o mesmo ter "se calado" durante a votação do processo de cassação do ex-vereador Lutero Ponce, proposto por ele em 2007. Colega de Parlamento de Lúdio, o vereador Adevair Cabral (PDT) também desferiu duras críticas ao petista. "Não entendo como alguém que diz combater a corrupção está alinhado com pessoas como essas".
Já Noise Pereira Rocha deixou o partido após 17 anos e, emocionada, explicou o motivo: "Sempre trabalhamos pelo bem, então não dá para aceitar isso agora". Ex-integrante da direção municipal, Marina de Moraes deixou o PT após 28 anos por não concordar com o caminho seguindo pelo candidato Lúdio Cabral e demais filiados à sigla. "Além de me desfiliar, vou lutar para que ele não vença a eleição", avisou.
DESRESPEITO COM AS MULHERES – Na oportunidade, Jairo Rocha contou que os militantes dissidentes, integrantes da tendência denominada "Articulação de Esquerda", foram convidados a apoiar Lúdio Cabral na disputa à prefeitura de Cuiabá e a candidatura do juiz Julier Sebastião ao governo do Estado em 2014, porém com a condição de a ex-senadora Serys Marly não participar do processo, o que eles consideram um desrespeito à mulher e à história da militante. "Aqueles que nos propõe trair pessoas não é digno de administrar Cuiabá", completou Vilson Aguiar.