No dia 28 de outubro a população cuiabana vai eleger o próximo prefeito da capital. Nesses dias que antecedem o pleito, os candidatos Lúdio Cabral (PT) e Mauro Mendes (PSB) jogam todas as cartas em busca do convencimento do eleitor e da vitória nas urnas. Entre troca de acusações e promessas de uma nova Cuiabá a partir de janeiro de 2013, Lúdio e Mauro correm atrás do desejo de receber a faixa de prefeito e assumir a administração da capital mato-grossense no alto do Palácio Alencastro. Mas o que aguarda o futuro prefeito? Uma cidade cheia de problemas e uma população descrente e sofrida. Herança de gestões anteriores, de grupos que não corresponderam à expectativa do eleitor e de outros que ainda, por mera incompetência ou atos escusos, deixaram a cidade ainda pior do que a encontraram.
A saúde é um dos setores mais críticos da gestão municipal e um dos principais motes de campanha dos dois candidatos. O caos na saúde pública de Cuiabá não é nenhuma novidade, mas a situação vem se agravando gradativamente. Recentemente o governo deixou de repassar à Secretaria Municipal de Saúde mais de R$ 9 milhões. A indisponibilidade da verba direcionada aos hospitais Júlio Muller, Santa Casa, Santa Helena, Hospital Geral Universitário, Hospital do Câncer, Pronto-Socorro de Cuiabá e a outros setores de atendimento à saúde da população gerou uma ameaça de corte no atendimento pelo SUS nestas instituições.
“A situação é tão complicada que não é raro ver os exames solicitados não serem realizados. Já se chegou ao extremo de um médico solicitar um exame de ultrassom para uma gestante, a criança nascer e o exame não ter sido realizado”, informa a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Elza Queiroz.
Nesta segunda (15), a equipe do Circuito Mato Grosso esteve na Policlínica do Planalto e constatou a precariedade do atendimento.
Pessoas há mais de cinco horas na fila, com fortes dores, crianças, idosos, todos misturados e praticamente implorando por atendimento. “Eu cheguei por volta do meio-dia, com pressão alta, tontura e forte dor no braço e agora já são quatro horas da tarde e não fui atendida”, desabafou a dona de casa Maria Auxiliadora Silva, que ainda declarou já ter procurado outras policlínicas que estavam fechadas para reforma.
Relatos como esses são frequentes e o cenário, bastante tumultuado, com pessoas visivelmente debilitadas, deitadas nas cadeiras de espera, com crianças de colo e apenas um médico dentro da unidade para atendê-las.
Procurada pela reportagem, a direção da Policlínica do Planalto não quis se pronunciar sobre o assunto.
Confira matéria na íntegra.
Mayla Miranda – Da Redação/Sandra Carvalho – Da Editoria
Fotos: Pedro Alves





