ALLINE MARQUES
DIÁRIO DE CUIABÁ
A ex-primeira-dama de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), está disposta a encarar uma disputa eleitoral no município onde o marido já foi prefeito por quatro mandatos. Com atuação na área social, principalmente com o trabalho realizado no ‘Instituto Jaiminho’, a democrata admite estar à disposição do partido.
A sigla ainda tem outro membro da família Campos na briga. Júlio Neto, filho do deputado federal Júlio Campos, também já começou a pré-campanha confiante de que poderá disputar a prefeitura. Lucimar evita polemizar o assunto e diz apenas que fará o que for melhor para Várzea Grande. Ela ainda alega que está com o “coração dividido”, pois para se candidatar terá de se afastar do Instituto, mas, por outro lado, defende que a população várzea-grandense precisa de um novo gestor consciente.
“Hoje estou dividida em duas: ajudar a nossa cidade e, ao mesmo tempo, fico com coração apertado em deixar o Instituto Jaiminho. Pessoalmente, não tenho tanta vontade até pela minha idade. Estou com 60 anos, mas se o partido e o povo precisarem de mim, estou à disposição”, afirmou.
Lucimar ressalta ainda que precisa do partido unido para a campanha, pois não conseguirá administrar o município sozinha e, por isso, segue a linha de que é necessário haver consenso na sigla. Além dela e de Júlio Neto, são cogitados os nomes do empresário Wilson Grafitte e do pecuarista Mário Cândia.
Os democratas ainda não definiram qual será o critério na hora de escolher o nome para disputar a prefeitura, mas o senador Jayme Campos garante que a sigla terá candidatura própria. Em 2008, Júlio Campos amargou uma derrota para o ex-prefeito Murilo Domingos (PR), cassado pela Câmara Municipal de Várzea Grande. Na época, a população se revoltou com a aliança do democrata com o ex-deputado Maksuês Leite e, apesar do desgaste da gestão republicana, Murilo foi reeleito.
Lucimar também aproveita para falar que o município está abandonado e precisa de um gestor que coloque “ordem na casa”. “Está difícil falar o que está pior em Várzea Grande, tudo está ruim. O município precisa de alguém que respeite a cidade, seja competente e valorize o nosso povo”, afirmou já num tom de discurso.
Politicamente correta, ela ainda defende que gostaria que o marido retornasse à prefeitura, mas alega não saber se ele teria condições de encarar uma nova disputa. A ex-primeira-dama também aproveita para informar que as emendas do senador para Várzea Grande ainda não foram liberadas porque a prefeitura está inadimplente.
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