A decisão do Partido da República em lançar o senador Blairo Maggi (PR) para disputar o Governo do Estado, em 2014, tem uma explicação política. Pesquisas qualitativas feitas no final de semana apontaram que o empresário Mauro Mendes (PSB) está tendo sua candidatura a prefeito de Cuaibá atingida de forma negativa pelo fato dos adversários terem explorado de que ele utilizaria o mandato no palácio Alencastro para disputar o palácio Paiaguás.
Ao lançar Blairo Maggi, o grupo espera tirar da pauta de discussões da sucessão eleitoral uma eventual renúncia de Mauro Mendes em abril de 2010. Aliás, Mauro Mendes ainda lidera as pesquisas para o palácio Alencastro, mas as pesquisas qualitativas já indicam que ele pode cair diante da suspeita da sociedade de que não pode executar um mandato de quatro anos.
O vice de Mauro Mendes é o deputado estadual João Malheiros (PR) e seria beneficiado com a renúncia. "De fato, as pesquisas já mostraram que Mauro está sendo atingido pela crise de Wilson Santos", revelou um dos coordenadores da campanha do empresário numa referência ao ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), reeleito em 2008, mas que renunciou o mandato para ser candidato a governador.
Além de lançar Blairo Maggi ao Governo no lugar de Mauro Mendes, o grupo tem reafirmado que o empresário não será em nenhum hipótese candidato. Mauro Mendes chegou a afirmar publicamente que os adversários Guilherme Maluf (PSDB), Lúdio Cabral (PT) e Carlos Brito (PSD) tem inventado a história de trampolim para desestabilizá-lo.
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