Lúdio vai defender diversidade sexual e não teme a perda de votos

Valérya Próspero

Foto: Rodinei Crescêncio
Foto: Rodinei Crescêncio -- Candidato do PT à Prefeitura de Cuiabá, vereador Lúdio Cabral
Candidato do PT à Prefeitura de Cuiabá, vereador Lúdio Cabral
   O candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) vai aderir à bandeira do suplente de deputado Alexandre César (PT) e defender a diversidade sexual. A estratégia pode ser perigosa, já que existe parcela dos eleitores que credita o fato de Alexandre ter perdido a eleição para prefeito em 2004 à resposta positiva em relação à legalização do abordo e à homossexualidade.
   No programa de governo que o petista apresentou na manhã desta sexta (27) à imprensa, Lúdio destacou o assunto dizendo que muita gente foge do debate, mas reforça que isso não vai acontecer na sua campanha. A proposta dele prevê criação de lei municipal contra a homofobia no serviço público. Ele também pretende criar um Centro de Referência LGBT, um conselho da Diversidade Sexual e capacitar o funcionário público para o atendimento a esse segmento da população.

   O debate tende a ser acirrado com adversários como Carlos Brito (PSD), que tem o pastor evangélico Paulo Roberto (PSD) de vice. A ala evangélica é a mais resistente em aprovar direito dos homossexuais e se declara radicalmente contra à diversidade sexual. O adversário Mauro Mendes (PSB) também vem enfatizando Deus consideravelmente nos discursos e deve ficar de fora do debate.
   Lúdio não acredita que a proposta acarrete em perda de voto dos evangélicos. “Vamos ganhar o voto fazendo política contra a violência e a favor da paz”, ressalta. Segundo ele, a escolha da opção sexual é um direito de cada pessoa. Essa é uma das mais de 300 propostas de governo do petista. Elas estão divididas em 10 áreas temáticas. Outro ponto abordado nas propostas é o estudo da identificação da parcela “invisível” da população, que entre elas estão ribeirinhos, pessoas da zona rural, deficientes e idosos. “Se é invisível, não faz pressão no poder público”, ressalta.
   O petista vai concentrar as forças da gestão na mobilização popular. Ele conta com esse interesse da sociedade para não sofrer com possíveis ações truculentas dos vereadores que serão eleitos em 7 de outubro. A “revolta” no Legislativo pode surgir com a recusa que o candidato já adianta que ocorrerá para locar pessoas em secretarias a fim de garantir apoios.
   Lúdio aponta que existem critérios já estabelecidos para alguém assumir uma pasta, entre eles o perfil técnico, de liderança, humanização. “Quero 25 Lúdios na Câmara me fiscalizando”, ressalta, se referindo à sua atuação como oposição ao prefeito Chico Galindo (PTB) e seu antecessor Wilson Santos (PSDB).
   O curioso é que, na prática, grande parte dos planos do petista não só levaria mais de um mandato para serem concretizados como também precisam de recursos muito superior ao arrecadado hoje pelo Executivo. Lúdio confirma o curto orçamento do Palácio Alencastro e revelou que vai contar com a ajuda de projetos do Governo Federal para conseguir concretizar suas propostas. Em relação ao tempo, o candidato também cogita a possibilidade de não concluir os planos em quatro anos, mas que as mudanças precisam começar.
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