Governador Silval Barbosa e Várzea Grande

Silval Barbosa pode ser o primeiro governador de fora a entrar política e administrativamente em Várzea Grande nos últimos 30 anos.

Júlio Campos foi eleito governador em 1982 e Jaime Campos em 1990. A cidade teve, portanto, dois governadores. Os governadores que vieram depois dos dois irmãos não procuraram entrar no vizinho do outro lado do rio. Faziam uma obra aqui outra ali, mas nada de mais impactante.
Parece também que havia uma regra não escrita de que deixava aquele município aos cuidados políticos da família Campos. Fatos novos sugerem que o Silval poderia quebrar essa tradição.
No dia da entrega do terreno para a prefeitura de Várzea Grande, lugar que será erguido o Centro de Tecnologia da UFMT e também o Instituto Tecnológico de Educação, o Silval fez discurso que mostra um caminho novo.
Várzea Grande, quese 300 mil habitantes e sem uma rodoviária
Disse que Várzea Grande já teve dois governadores e que até hoje não havia uma faculdade pública no município. Jaime e Júlio acusaram o golpe. Jaime Campos, em entrevista, chamou a atenção do governador de que foi no governo dele que se iniciou a interiorização da Unemat. Júlio Campos arguiu que obras estruturantes foram feitas e que ajudaram no desenvolvimento do município.
O Júlio pisou um pouco mais no acelerador ao dizer que o Silval falara que os recursos para o VLT estavam já garantidos e que não era verdade. Que a Procuradoria da Fazenda Nacional
estava criando obstáculos ao empréstimo do governo junto à Caixa. Que ele, Júlio, iria conversar com a procuradora para ajudar a desamarrar o nó.
Procurou jogar um balde de água fria no discurso otimista do governador sobre as obras da Copa e do VLT em particular.
Nessa esgrima política, o Silval voltou ao assunto Várzea Grande num Bom Dia, governador e numa entrevista ao Chamada Geral da rádio Mega. Falou sobre as tantas obras que deve receber Várzea Grande, como casas populares, dos contornos, pontes, avenidas e asfaltos para a Copa. Do estádio de futebol, das obras do Aeroporto, no entorno dele e do VLT.
Falou ainda que uma cidade do tamanho populacional de Várzea Grande não poderia ficar sem uma rodoviária. Tocou num dos calos da cidade. Jaime Campos, depois dessas intervenções do Silval, em viagem para encontros do DEM pelo estado, deu outra cutucada nele ao dizer que o interior está abandonado. Citou o caso específico de municípios do Médio Norte.
A esgrima deve continuar, mas como são experientes na política não devem ultrapassar certos limites. Mas o ponto para consideração é que as tantas obras que deverão sair em V. Grande, incluindo a futura rodoviária, darão visibilidade ao Silval ali como não deu a nenhum outro governador antes.
Não importa que parte delas seja do governo federal. Quem está na cadeira de governador acaba capitalizando pelas obras que ocorrerem.
O Silval vai ter dividendos políticos num lugar de mais de 250 mil habitantes, onde antes poucos tiveram a ousadia de bulir.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é professor universitário e articulista político. E-mail: pox@terra.com.br
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