Fim do recesso aumenta pressão sobre Oscarzinho

Vereadores de Rio Preto insistem em explicação do presidente a respeito de denúncia até terça-feiraVINÍCIUS MARQUES
vinicius@bomdiariopreto.com.br
A maioria dos vereadores de Rio Preto prefere preservar o presidente da Câmara, Oscarzinho Pimentel (PSL), investigado por suposto abuso sexual de menor de idade, mas espera que ele dê explicações satisfatórias sobre o caso até a sessão de terça-feira, no retorno do recesso de julho.
O BOM DIA consultou 15 vereadores sobre a possibilidade de Oscarzinho se licenciar da presidência até a conclusão do inquérito na polícia. Apenas três defenderem o afastamento de Oscarzinho do comando da Câmara. Mas o clima de insatisfação aumenta a cada dia. O principal motivo apontado é o silêncio de Oscarzinho quanto à acusação. “O presidente deveria apresentar algumas justificativas para os companheiros da Casa. Precisa vir com resposta à altura para que a população entenda que ele é inocente”, disse Maurin Alves Ribeiro (PC do B).
“O caso precisa ser esclarecido para os vereadores”, afirmou  Antonio Carlos Parise (PTB). Ele chegou a dizer que terça-feira seria o “prazo limite” do presidente. Depois, Parise amenizou o tom. 
O presidente foi acusado pela adolescente A.C, de 17 anos, de ter pago R$ 400 por um “programa”. Outra adolescente, T., teria participado do encontro no dia 22 de junho. Anteontem, a delegada Dálice Ceron ouviu depoimento de A.C. Segundo  a mãe dela, a filha manteve a versão de abuso. A. ainda diz que a outra adolescente a teria induzido a fazer o programa. A polícia apreendeu o celular de T., que teria ligado para Oscarzinho, e vai tentar rastrear as ligações. A delegada não quis fazer comentário sobre o inquérito.
Na sexta-feira, Oscarzinho divulgou nota à imprensa em que se diz “indignado” com a denúncia e que vai processar quem o acusa. A nota não foi suficiente para os vereadores. “Eu li a nota e acho que o presidente deveria esclarecer melhor os fatos”, disse Dinho Alahmar (PPL).
Manoel Conceição (PPS) e Alessandra Trigo (PSDB) são os únicos a dizer que Oscarzinho deve pedir licença. Até a oposição adotou ontem um tom mais ameno. “Se fosse ele me afastaria, mas é uma decisão pessoal”, disse Marco Rillo (PT). O presidente do Conselho de Ética, Paulo Pauléra (PP), não descarta abrir investigação a respeito do caso, mas também espera conclusão da apuração policial. O presidente, abordado ontem em frente à Câmara, não quis conversar com o BOM DIA.

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