Com pastor de vice, Brito aposta em religião e trabalhos na base

Laura Nabuco

Fotos: Jonathan Dourado
Fotos: Jonathan Dourado -- Chico Daltro lança pastor Paulo Roberto como vice de Carlos Brito à Prefeitura de Cuiabá, ao lado de José Riva, Aray, Dentinho e Eliene Lima
Chico Daltro lança pastor Paulo Roberto como vice de Carlos Brito à Prefeitura de Cuiabá, ao lado de José Riva, Aray, Dentinho e Eliene Lima
    A julgar pelo ato de lançamento do pastor da Assembleia de Deus, Paulo Roberto, como vice de Carlos Brito na disputa pela Prefeitura de Cuiabá nesta terça (3), o PSD vai apostar todas as fichas no segmento religioso e na origem de líder comunitário do ex-secretário municipal de Comunicação na corrida rumo ao Palácio Alencastro.
  Encabeçando a coligação intitulada "Sentimento Cuiabano", Brito discursou ressaltando as dificuldades que a população enfrenta diariamente nos bairros e chegou a afirmar ter pedido orientação divina em oração antes de aceitar o posto de candidato. "Essa candidatura é uma tomada de atitude em respeito à sociedade cuiabana", disse entre lágrimas.
-- Pastor Paulo Roberto
Pastor Paulo Roberto
  Lideranças das legendas que o acompanham comemoraram o anúncio de Paulo Roberto na composição da chapa. "Hoje está aqui um homem de Deus, que teve seu caminho guiado por ele e de quem conhecemos a vida pregressa", ressaltou o representante do PSDC, Josemar Aldevith. O presidente estadual do PSD, o vice-governador Chico Daltro, ressaltou o trabalho social feito pela igreja. "São duas pessoas que conhecem muito bem Cuiabá. Têm uma militância comunitária forte", avaliou.
  A exceção de Daltro, no entanto, as lideranças não demonstravam tanto entusiasmo. O presidente da Assembleia, deputado José Riva, principal articulador da legenda no Estado e conhecido pelos discursos inflamados, falou pouco e baixo. Justificou ter sido vítima de uma virose. A tônica de seu discurso foi quanto à possível resistência do eleitorado a um pastor envolvido com o mundo da política. "Precisamos de pessoas de bem e comprometidas com a sociedade nos 2 campos", pontuou.
  Riva também alertou o candidato a vice-prefeito das dificuldades que ele vai encontrar na vida pública. "Pode ir preparando o lombo, porque que quem não tem defeito eles inventam", disparou. Brito, por sua vez, relembrou ter entrado na disputa tarde devido ao que chamou de "compromisso ético" com o prefeito Chico Galindo (PTB), de quem foi secretário de Comunicação.
  Ressaltou ainda como um dos motivos que o levou a ponderar quanto ao projeto de candidatura própria o tempo de campanha na televisão do PSD. "Não fui enganado. Aceitei sabendo que teríamos apenas 20 segundos", afirmou. Com a composição que resultou em 3 coligações ao pleito proporcional o partido acabou garantindo 7 minutos.
  O presidente municipal do PSD, deputado federal Eliene Lima, que também não se alongou no discurso, parece ter ficado com a responsabilidade de carregar o otimismo. Disse que, com a formação da chapa, a legenda concilia a experiência social da dupla Brito e Paulo à estrutura que o PSD conseguiu com a coligação que engloba 9 legendas, todas consideradas nanicas. "Não tenho dúvida de que temos um projeto viável e logo sairemos do quarto lugar nas pesquisas para o terceiro ou segundo".
Além da chapa pura ao cargo majoritário, foram lançadas 3 coligações ao pleito proporcional: Sentimento Cuiabano 1, 2 e 3. A primeira formada por PSD e PCdoB, com 30 nomes; a segunda por PRTB, PSC e PSDC, com 48 candidatos; e a terceira por PTC, PTN, PSL e PHS, que indicarão 50 postulantes à Câmara de Cuiabá.
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