Campanha acaba e 27% ainda não receberam vacina antipólio

A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), da Prefeitura de Campo Grande, encerra nesta sexta-feira (06) a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite. Segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, em Campo Grande 43.452 crianças já foram vacinadas contra a paralisia infantil, o que representa 73,94% da população infantil na faixa etária entre seis meses e quatro anos, 11 meses e 29 dias.


A meta estabelecida é imunizar 95% da população infantil com esta idade, o que representa 58.768 crianças. A Prefeitura Municipal pede para que os pais que ainda não levaram os seus filhos para vacinar se dirijam a uma unidade de saúde mais próxima para que recebam as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinados.

Doses – Neste ano, a campanha acontece em etapa única, sendo no primeiro semestre com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será realizada em todo o país a campanha para atualização dos esquemas vacinais do calendário básico de vacinação da criança.

Assim, a partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15 meses) e as demais doses de campanha continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.

Poliomielite – A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua transmissão ocorre pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada.

O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.

Casos no País – O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano, 16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.


A aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite, estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de cinco anos no mesmo período. Esta estratégia também permite a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio da vacina.

05/07/2012 - 14:54
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