Aumentam casos de violência sexual contra menores em Araxá, MG

Número de casos já é igual ao que foi registrado em todo o ano passado.
Para psicóloga, família também precisa de acompanhamento.

Do G1 Triângulo Mineiro
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Aumento no número de casos de abuso preocupa especialistas (Foto: Reprodução/TV Integração)Aumento no número de casos de abuso preocupa
especialista (Foto: Reprodução/TV Integração)
Em Araxá, no Alto Paranaíba, os casos registrados de violência sexual contra crianças e adolescentes em 2012 é preocupante. O número de casos de abuso sexual no primeiro semestre, já é igual ao que foi registrado em todo o ano passado. Segundo especialista, os crimes, muitas vezes, são praticados por pessoas próximas e desestruturam toda a família.
Para o pai de uma criança de 11 anos vitíma de abuso, que preferiu não se identificar, a situação marca. “A gente nunca espera que vai acontecer isso com um filho da gente. Só vê isso na televisão. É muito complicado. Todo mundo ficou bem abatido, bem abalado. Mas agora, está seguindo com a vida, tem apenas 11 anos, então tem um futuro a seguir ainda”, disse.
A situação também preocupa as autoridades de Araxá. Somando os casos atendidos pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e pelo Conselho Tutelar, foram 16 registros em 2011 e 15 casos em 2012. No entanto, o índice pode ser ainda maior, já que muitos casos não são denunciados. “Às vezes a família tem receio de denunciar. O agressor, muitas vezes, é de dentro da família, é alguém muito próximo. É claro que isso vai trazer um transtorno para toda a família. Mas tem que denunciar, pois o mal que vai causar à criança é muito maior”, afirmou a conselheira tutelar, Karla Eloisa de Souza.
No Creas, tanto as vítimas quanto os familiares recebem apoio psicológico. “Se a criança tem algum bloqueio, algum trauma que não é trabalhado na primeira infância ou naquele momento que ela sofreu a violência vai surtir efeito em longo prazo da vida dela. E terá o prejuízo na vida adulta. Então a gente tenta trabalhar com as famílias, conscientiza a sociedade que a criança passe por um processo de atendimento e acompanhamento psicossocial para juntamente com a família para superar essas dificuldades”, ressaltou a psicóloga, Maria das Graças Resende Vasconcelos.
Para a Promotoria da Infância e Adolescência, o serviço de prevenção precisa ser ampliado. “Nós precisamos do fortalecimento dos Conselhos de Direito, de Defesa da Criança e do Adolescente, para que eles façam um plano municipal de enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. E muito trabalho de conscientização, serviços que visem a orientação e fortalecimento de família. Nós temos muito que caminhar nesta parte de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes”, avaliou a promotora, Mara Lúcia Silva Dourado.
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