VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇA CRESCE NO AMAPÁ

O aumento chegou a 71% em 2012, um dado preocupante que revela a falta de políticas públicas para inibir o crescimento desse tipo de crime.
Apenas nos primeiros quatro meses de 2012, o módulo Criança e Adolescente do Disque 100 registrou um aumento de 71% das denúncias de violação de direitos humanos contra menores em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril deste ano, foram 34.142 denúncias contra 19.946 em 2011. Oito em cada dez vítimas são meninas. O serviço funciona 24h e nos sete dias da semana.
De janeiro a março deste ano, foram registradas 4.205 denúncias de violência sexual. No ano passado, foram mais de 12 mil registros. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, a média diária de denúncias aumentou de 84, em 2010, para 103 nos três primeiros meses de 2011.
São Paulo é o estado com maior incidência de denúncias (4.644), seguido pelo Rio de Janeiro (4.521) e Bahia (3.634). A região com maior número de relatos é a Região Sudeste (36,2% ), seguida do Nordeste (34,7%), Sul (11,3%), Centro-Oeste (9%) e, por fim, a Região Norte (8,8% ).
Nesse periodo, foram registrados 2.165 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes, sendo que os municípios com maior número de denúncias foram Salvador (81 denúncias), Manaus (67), Rio de Janeiro (66) e São Paulo (61). Também foram registrados 7.671 casos de abuso sexual. As cidades com maior incidência foram Salvador (346 relatos), Brasília (269), São Paulo (250) e Rio de Janeiro (236).
Aqui no Amapá, o registro de 38 ocorrências de abuso e violência sexual contra crianças e adolescente elevou o índice desses crimes no primeiro semestre do ano. Apesar das campanhas e do trabalho de combate, as famílias de ribeirinhos é comum casos de meninas serem abusadas por homens do seio familiar. Inclusive, no município de Pracuúba a 180 Km da capital Macapá, um pai teve dois filhos com duas filhas menores. O caso é mantido sobre segredo de justiça porque o pai é vinculado a uma igreja evangélica. As meninas estão recebendo tratamento psicológico com os filhos. Segundo uma das terapeutas que trabalha no caso, uma das meninas fala que o relacionamento com o pai era considerado normal, ele cuidava de todos e não deixava faltar nada a família. A falta de informação e a distância das cidades vizinhas, deixou as garotas sem qualquer parâmetro dos valores morais, e o pai se aproveitava da inocência para praticar o abuso contra as filhas.
As denúncias de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes são examinadas e encaminhadas para os serviços de atendimento e proteção, como os Conselhos Tutelares, órgãos da segurança pública e Ministério Público.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído por lei federal, quando a menina Araceli, de apenas 8 anos, no dia 18 de maio de 1973 foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens da classe média alta de Vitória (ES). O assassinato foi prescrito e, com isso, os criminosos não foram penalizados.

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