Em 2 de junho comemoramos o dia da comunidade Italiana em Cuiabá, lei instituída pela Câmara Municipal desde 1997. Para prestigiar este povo que tem contribuído para o desenvolvimento socioeconômico e cultural da região, o Vereador Arnaldo Penha (PMDB), irá homenagear através de Moções de Aplauso, representantes da comunidade Italiana que moram em nosso município.
Em alusão a este período comemorativo, o Site AP estará partilhando uma série de matérias, de italianos que vivem em nossa região e trazem em sua bagagem uma porção de histórias que hoje se misturam a nossa cultura. Vamos conhecer um pouco sobre Salvatore Di Falco, nascido no ano de 1921 em Agrigento na Sicília, hoje o único italiano residente no Estado de Mato Grosso, que participou da segunda guerra mundial.
Salvatore fugindo da pobreza que sua região enfrentava, na década de 40, aliou-se ao exército de Mussolini que se dirigiu para África do Norte, Argélia.
Durante aquela campanha, os alemães e italianos tiveram 620.000 mortos, enquanto os ingleses perderam 220.000 homens. A vitória dos Aliados na África do Norte vitimou cerca de 900.000 soldados alemães e italianos.
Mesmo acompanhado as dificuldades da guerra, Savatore relembra fatos interessantes, chegando à Argélia tornou-se prisioneiro do exército norte-americano, que já havia tomado a região no período. “Acabei tornando prisioneiro de guerra e fui um dos poucos a ser privilegiado, pois recebi o direito de realizar passeios usando terno”, revela Di Falco.
O exercito norte-americano fazia uma seleção dos presos (italianos), de acordo com os trabalhos que desenvolviam em suas terras de origem, ou suas aptidões, Salvatore foi designado a trabalhar na produção de massas e pães. “Enquanto os americanos faziam dez pães, eu já tinha produzido mais de trinta, o detalhe é que nunca eu queimava a fornada” diz Salvatore.
O Italiano ganhou a simpatia do exercito americano, obtendo várias regalias, pois trabalhava de forma extraordinária com massas e confeitaria. “Eu ganhava dinheiro, mas por ser um preso de guerra, não podia gastar muito menos enviar para minha família, tinha que guardar enterrado em latas de óleo que utilizava para fazer o pão”, conta Salvatore ,relembrando os passeios que dava na Argélia mesmo sendo um prisioneiro.
Em 1945 o jovem retorna as sua cidade, encontrando sua região em um estado de miséria ainda maior. Em 1953 depois de ouvir falar muito sobre o Brasil, do vasto campo para mão de obra, desembarca do navio Júlio Cesar no porto de Santos para ganhar a vida. “Fui um dos primeiros a trazer para o Brasil o delicioso sorvete Italiano”, lembra o ex-combatente.
Di Falco veio para Mato Grosso na década de 80, trabalhar com confeitaria e massas, trazendo em sua bagagem uma porção de historia e cultura. Hoje Salvatore esta com 90 anos de idade, sendo o único combatente Italiano, que participou da II guerra mundial, vivo em nosso Estado. “Apaixonei-me por esta Terra, pois aqui vivo e fortaleci minhas raízes”, afirma o prisioneiro de guerra que usava terno.
Elizângela Tenório
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