Jornalista foi entrevistado no De Frente com Gabi
por Igor Castro - EditorO jornalista Roberto Cabrini, 51 anos, foi oi entrevistado do programa De frente com Gabi, do SBT, na madrugada desta segunda-feira (04). O comunicador falou sobre sua vida pessoal e sua carreira profissional, onde comandou grandes reportagens como a entrevista com PC Farias, o anúncio da morte de Ayrton Senna e o caso de pedofilia na igreja católica de Arapiraca.
Sobre a matéria dos sacerdotes de Arapiraca acusados de abusarem sexualmente de ex-coroinhas quando os mesmos eram menores, Cabrini informou que recebeu o vídeo com as cenas do monsenhor Luiz Marques fazendo sexo com um adulto e que apenas isso não poderia ser demonstrado como matéria.
“Recebo todos os dias denúncias, muitas informações. Nesse caso recebi um vídeo onde havia uma relação sexual. Não seria jornalismo se fosse apenas homossexualismo, por isso fomos verificar e acabamos fazendo um grande levantamento e descobrindo uma cadeia de abuso sexuais contra menores de idade”, explicou.
Cabrini foi mais além e contou que a produção do programa, e ele próprio, demoraram semanas para conseguir fazer com que as vítimas falassem abertamente ao público.
“São pessoas muito jovens, adolescentes que entram para serem coroinhas numa terra, no interior do Nordeste, onde Padre é Deus. O que ele fala passa a ser seguido. Com o passar das semanas fomos conseguindo dá confiança aos ex-coroinhas para que eles falassem. Montamos uma estratégia e desvendamos tudo isso. Se tornou um trabalho muito importante”, concluiu.
Entenda
O Programa do SBT ‘Conexão Repórter’, comandado pelo jornalista Roberto Cabrini, chocou a população arapiraquense com os casos envolvendo dois monsenhores e dois padres da cidade. A matéria devastadora trouxe inclusive um vídeo onde um dos monsenhores, Luiz Marques, faz sexo com um jovem.
Conexão Repórter trouxe o resultado de uma extensa investigação que comprovou denúncias de abusos sexuais de padres contra coroinhas ocorridos no município. Para comprovar as denúncias, Cabrini entrevistou padres, sacristãos, coroinhas e suas famílias, obtendo imagens chocantes e confirmando que dentro daquela paróquia ocorriam abusos.
Posteriormente, em entrevista ao repórter, um dos sacerdotes acusados revelou ter ele próprio abusado sexualmente de menores. Foi a primeira vez na história da Igreja Católica brasileira em que o Vaticano reconheceu um caso de abuso sexual contra menores.
Na matéria, o jornalista fala que o vídeo foi o ponto inicial e ao chegar na cidade encontrou Fabiano, o rapaz que aparece ao lado do padre mantendo relações sexuais. Fabiano, hoje com 20 anos, relatou que se tornou coroinha na igreja com 12 anos de idade e desde então foi assediado sexualmente pelo padre. Contou ainda que manteve um relacionamento com o religioso durante anos, e por isso desistiu do antigo sonho de se tornar padre.
Durante a apuração, outros jovens foram localizados dizendo que passaram pelo mesmo assédio, chegando a prática do sexo com os padres. Entre eles está um menino, de 11 anos. Ele afirmou que foi assediado por um outro padre da região, Edilson Duarte, responsável pela Igreja Catedral de Bom Conselho.
Na reportagem seguiram-se várias denúncias de jovens e pais de crianças que foram coroinhas e acabaram assediados pelo Monsenhor Luiz Marques, pelo padre Edilson Duarte e pelo Monsenhor Raimundo além de um outro padre não identificado.
Os padres foram ouvidos e negaram toda a história, mas a reportagem flagrou um advogado identificado como Daniel Fernandes intimidando e até ameaçando os jovens responsáveis pela gravação, identificados como Flávio e Fabiano.
Os garotos confirmaram ainda que receberam R$ 30 mil reais do advogado em uma negociação intermediada pelo Monsenhor Raimundo para que não divulgassem os vídeos.
Durante vários dias, o juiz João Luiz de Azevedo Lessa ouviu testemunhas de acusação e defesa, ouviu os sacerdotes, os ex-coroinhas e os advogados. Após as diligências, a acusação e defesa preparam suas alegações para serem entregues. O processo começou a ser julgado em julho.
Durante vários dias, o juiz João Luiz de Azevedo Lessa ouviu testemunhas de acusação e defesa, ouviu os sacerdotes, os ex-coroinhas e os advogados. Após as diligências, a acusação e defesa preparam suas alegações para serem entregues. O processo começou a ser julgado em julho.
A sentença dos padres de Arapiraca acusados de pedofilia foi proferida pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa, titular da 1ª Vara Judiciária da Infância e Juventude, no dia 19 de dezembro. O monsenhor Luiz Marques foi condenado a 21 anos de reclusão. Já o padre, Edilson Duarte e o monsenhor Raimundo Gomes foram sentenciados a 16 anos e 4 meses.
Apesar da condenação, não foram determinas prisões, já que segundo o magistrado, os réus cumpriram todas as determinações solicitadas pela justiça e são réus primários. De acordo com o Juiz João Luiz de Azevedo, os sacerdotes continuam em liberdade até o julgamento em segunda instancia.
Vídeo da entrevista
Vídeo da entrevista






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