Valérya Próspero
Jonathan Fernandes
Toninho de Souza, vereador
09h30 - O vereador por Cuiabá Toninho de Souza (PSD) defendeu a postura do presidente do Legislativo, Júlio Pinheiro (PTB), de se recusar a publicar informações sobre os gastos de verba indenizatória. Segundo o social-democrata, a Câmara adotou a postura para que a divulgação obedecesse os moldes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele avalia, no entanto, que a iniciativa é um retrocesso, uma vez que os dados eram disponibilizados anteriormente, quando os vereadores eram obrigados a apresentar notas ficais para justificar a aplicação do dinheiro à Mesa Diretora. Atualmente cada parlamentar recebe R$ 15 mil a título do benefício.
A falta de transparência agrava a visão pessimista da população em relação à Câmara, que já ganhou o apelido de Casa dos Horrores. A situação não se restringe a informações sobre gastos. Os projetos de lei a serem votados também entram no pacote.
Muitas das vezes, nem os próprios parlamentares têm acesso às propostas antes do início da sessão em que serão votadas. Conforme Toninho, os piores casos ocorrem com as matérias de autoria do Alencastro. "A pauta é redigida minutos antes. Se nem nós temos acesso, imagina a população. Os projetos do prefeito, então, ainda vêem de forma cifrada, para não entendermos a importância", alfineta.
Os constantes escândalos justificam a opinião da população, para Toninho. Ele lembra casos de cassação de mandato como os de Ralf Leite, acusado de quebra de decoro por ter sido flagrado em companhia de um travesti menor de idade, e de Lutero Ponce, acusado de improbidade administrativa, além da recente instauração da CPI que apurou o superfaturamento de R$ 1 milhão na reforma do telhado do prédio, mas que não puniu ninguém, e do deslize de Pinheiro, que recentemente foi acusado de supostamente agredir a esposa por estar alcoolizado. “Como posso tirar a razão da população?”, lamenta.
Para Toninho, no próximo ano, a situação só deve mudar se a sociedade souber escolher seus representantes, em outubro. “Os erros foram cometidos por pessoas que não estavam preparados para exercer mandato como vereador. Foram erros individuais”, avalia. Ele ressalta, contudo, acreditar que a sociedade não está preparada para distinguir o joio do trigo, o que, para ele, faz com que todos parlamentares sofram por atos que não cometeram.






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