Operação contra pedofilia na internet prende 6 em MG, diz delegado da PF

Prisões foram em Abaeté, Carbonita, Ouro Fino, Uberaba e Uberlândia.
Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos no estado.

Do G1 MG
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A Polícia Federal (PF) informou, na tarde desta quinta-feira (28), que seis pessoas foram presas em Minas Gerais durante a operação “DirtyNet”, que combate a pornografia infantil na internet. De acordo com o delegado Jader Lucas Pinto Gomes, cinco delas foram detidas em flagrante e uma em decorrência de cumprimento de mandado de prisão preventiva. Segundo a PF, as prisões foram realizadas em Abaeté, na Região Central; Carbonita, na Região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; Ouro Fino, na Região Sul; Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Ainda segundo a polícia, no estado, além dos seis detidos, outras quatro pessoas são suspeitas de integrar a quadrilha que compartilhava arquivos de pornografia infantil na rede mundial de computadores. Uma delas está foragida.

A Polícia Federal também informou que 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Minas Gerais. Além das cidades onde foram feitas as prisões, policiais realizam buscas em Itajubá, no Sul de Minas, Pedro Leopoldo e Itabira, na Região Central; Bambuí e Divinópolis, no Centro-Oeste.

Em Uberaba, onde duas pessoas foram presas, brinquedos, DVDs infantis e HDs de computadores contendo imagens de pornografia infantil foram apreendidos na casa dos suspeitos. Uma garrucha e câmeras fotográficas também foram recolhidas pela Polícia Federal.

11 estados e Distrito Federal
A Operção “DirtyNet” também é realizada na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Às 13h, a Polícia Federal divulgou que 18 pessoas havia sido presas no país.

A PF começou a monitorar a quadrilha há seis meses através de redes privadas de compartilhamento de arquivos. Os suspeitos atuavam no anomimato. Os arquivos compartilhados pela quadrilha continham cenas de adolescentes, crianças e bebês em contexto de abuso sexual.
Os policiais identificaram também na rede relatos de outros crimes contra crianças, como uma menção a estupro cometido contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo.
A operação surgiu após uma informação recebida em uma ação anterior realizada pela PF, a "Caverna do Dragão", em que se descobriu que um dos investigados fazia parte de uma rede de pedofilia com 160 pessoas, segundo a delegada Diana Kalazans Mann.

"São lesões corporais cometidas contra crianças no meio de fantasias sexuais macabras, inclusive com extração de pedaços, e relatos abomináveis. Do que já chegou para mim, é o que eu vi de pior", disse a delegada.

Dentre os membros do grupo, 97 eram do exterior e 63 do Brasil. Só integrava a rede quem era convidado, necessitando de aprovação, diz a delegada.

As fotos não eram vendidas, mas trocadas entre os usuários. Todas as imagens eram de crianças até 12 anos.

Os brasileiros investigados compartilhavam material de pornografia infantil com usuários da internet de outros 34 países: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia, Canadá, Chile, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Finlândia, França, Grécia, Indonésia, Iran, Holanda, Macedônia, México, Noruega, Peru, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Rússia, Sérvia, Suécia, Tailândia e Venezuela.

Através da Interpol, a PF alertou os países envolvidos sobre o caso para continuar as investigações.
 

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