MPT e PRF divulgam Operação Mitang 2

Novos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes foram denunciados esta semana pela Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público do Trabalho na Paraíba, numa nova edição da Operação Mitang, que tem como objetivo obter flagrantes de exploração sexual de crianças e adolescentes com fins comerciais para providências das autoridades competentes. Um vídeo com flagrantes em rodovias e na orla marítima de João Pessoa foi mostrado à imprensa durante entrevista coletiva concedida pela superintendente da PRF, inspetora Luciana Duarte, e pelo procurador-chefe do Trabalho na Paraíba, Eduardo Varandas. Mitang é uma palavra que vem do tupi-guarani e quer dizer “infância”.

A Operação Mitang II foi realizada entre os dias 7 e 11 de maio em João Pessoa. Num dos vídeos, uma garota de 14 anos confessa que sua família tem conhecimento de sua atividade nas ruas. “Eu disse à minha mãe, mas ela não acredita. Minha tia sabe onde faço ponto”, revelou. A mesma garota exibia um celular e informou aos policiais que havia recebido de um motorista de caminhão, como pagamento pelo sexo. “Eu tenho outro melhor que esse, que ganhei de outro cliente”.

O procurador Eduardo Varandas disse ter consciência de que a PRF e o MPT vêm fazendo a sua parte, mas enxerga pouco esforço do Poder Executivo no sentido de enfrentar o problema. “O Ministério Público do Trabalho tem a consciência de que faz sua parte. Nós ajuizamos a primeira ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho contra a exploração sexual de crianças e adolescentes para fins comerciais. Falta ao Poder Executivo, em todas as suas esferas, atuar com mais vigor na implementação de políticas públicas. Sem essa atuação, o problema persistirá”, disse ele, acrescentando: “Que país é este que ultrapassada, em termos de economia, o Reino Unido e vende carne de crianças com a exploração sexual?”.

A superintendente da PRF na Paraíba informou à imprensa que as investigações vão continuar. “A exploração sexual tem que ser enfrentada por todos os órgãos. Na medida em que não se dá suporte às crianças e adolescentes, elas voltam às ruas”, afirmou.

Segundo ela e o procurador-chefe do MPT, é preciso mais assistência social e uma política de geração de emprego e renda levada a sério.

Os casos mostrados à imprensa estão sendo encaminhados ao Ministério Público do Estado da Paraíba e Polícia Civil.




Fonte: Ministério Público do Trabalho na Paraíba

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