A arma usada para matar o executivo Marcos Kitano Matsunaga, 42, foi um presente dele para a mulher, Elize Matsunaga, 38, que confessou o crime nesta quarta-feira.
Mulher diz que matou executivo após briga por traição
Mulher confessa ter esquartejado executivo da Yoki
Casal frequentava igreja em SP e ajudava creche
Polícia diz que executivo da Yoki traía a mulher
Ciúme não pode ser único responsável, diz especialista
Empresário foi esquartejado no banheiro, diz delegado
Mulher confessa ter esquartejado executivo da Yoki
Casal frequentava igreja em SP e ajudava creche
Polícia diz que executivo da Yoki traía a mulher
Segundo a polícia, ela disse em seu depoimento --que durou oito horas-- ter usado uma pistola automática calibre 380. O tiro foi disparado na sala, após uma discussão conjugal por conta de uma traição que teria sido descoberta por ela.
Morte do executivo da Yoki
Ver em tamanho maior »Elize Matsunaga, 38, chega ao DHPP (departamento de homicídios) para prestar depoimento sobre a morte do marido Marcos Matsunaga, 42, executivo da Yoki Leia mais
A mulher revelou também que a arma não estava entre as que foram entregues para a Guarda Municipal de Cotia destruir --Matsunaga era colecionador de armas. Elize disse que guardou a pistola em uma gaveta do apartamento onde eles moravam, na Vila Leopoldina (zona oeste) --a arma já foi apreendida e encaminhada para a perícia. O casal fazia curso de tiro e ela era considerada uma boa atiradora
Após o disparo, que atingiu o lado esquerdo da cabeça de Marcos, Elize disse ter levado o corpo para um quarto do imóvel e ter aguardado cerca de 10 horas antes de começar a cortar seu corpo no banheiro da empregada. Os vestígios de sangue foram limpos depois.
Conhecedora de anatomia --é técnica de enfermagem e trabalhou em um centro cirúrgico--, ela disse ter usado uma faca com lâmina de 30 cm para cortar os braços, pernas, tronco e a cabeça do executivo. Após o trabalho, que durou cerca de quatro horas, ela embalou os pedaços em sacos plásticos azuis.
Em seguida, disse que usou três malas para transportar o corpo e dirigiu até uma estrada de terra em Cotia, na Grande São Paulo, onde atirou todos os pedaços em um matagal. Ela disse que o casal frequentava um sítio em Ibiúna, então costumava passar pela estrada no trajeto.
Carlos Pessuto-5.jun.12/Futura Press | ||
Elize Ramos Kitano Matsunaga, 38, que confessou ter matado o executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, 42 |
As malas e a faca foram jogadas em outro local, que Elize já indicou para a polícia. O delegado Jorge Carrasco, chefe do DHPP (departamento de homicídios), que investiga o crime, disse que a polícia vai apreender os objetos.
Uma testemunha de Cotia disse à polícia ter visto quando um motociclista, vestido de preto e em uma moto escura, jogou os sacos plásticos azuis no matagal. O marido de uma das três empregadas do casal também chegou a ser investigado, mas agora a polícia descarta ajuda no crime.
"Não houve mentira, o depoimento foi seguro. Os indícios eram muito fortes e foram apresentados para ela. Não acredito que ela esteja acobertando ninguém", disse Carrasco.
PERÍCIA
Carrasco disse que será feita uma nova perícia no imóvel do casal, que é composto de duas coberturas e tem cerca de 500 m². Na primeira análise, a polícia disse não ter encontrado muitos vestígios de sangue, o que levantou a suspeita de que ele tivesse sido esquartejado em outro local.
Agora serão aplicados reagentes nos locais indicados no depoimento da mulher. Também será feita uma reconstituição do crime com a presença dela, mas a polícia ainda não sabe a data.
"Não tenho dúvidas da autoria e da materialidade e acredito que ela agiu sozinha realmente. Não houve premeditação, eu acredito que foi uma briga", disse Carrasco.
Segundo a polícia, enquanto a Elize saiu para desovar o corpo do marido, a filha deles, de um ano, ficou no apartamento com uma babá. O delegado disse que dificilmente a menina viu alguma coisa, pois os cômodos do imóvel são distantes. O barulho do tiro também não deve ter sido ouvido, pois as janelas têm proteção antirruído.
COLCHÃO
Elize também revelou em seu depoimento que, após cometer o crime, doou o colchão onde o casal dormia para uma babá. A polícia chegou a examinar o colchão, mas não identificou vestígios de sangue.
Uma babá será ouvida pela polícia ainda hoje. O casal tinha três empregadas: uma doméstica e duas babás. Elas não tinham acesso a todos os cômodos do apartamento, segundo a polícia.
Segundo o delegado Carrasco, Elize não disse em seu depoimento se estava arrependida pelo crime. Bacharel em direito, ela é beneficiária de um seguro de vida feito recentemente pelo executivo, no valor de R$ 600 mil.
Elize foi presa na noite de segunda-feira (4) e passou a noite de hoje em um presídio feminino em Itapevi (Grande SP), para onde deve voltar. Segundo a polícia, ele teve a prisão prorrogada pela Justiça por mais 15 dias.
"A família se sente reconfortada com a confissão e com o trabalho da polícia. A família está absolutamente chocada, é um grande desastre familiar", disse o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, contratado pela família da vítima.
CÂMERAS
A polícia analisou imagens de câmeras de segurança do prédio onde morava o casal. No sábado (19 de maio), o casal, a filha e uma babá chegam ao apartamento por volta das 18h30. A babá, dispensada, foi embora logo em seguida.
Cerca de uma hora depois, Matsunaga desce até a portaria para pegar uma pizza. Ele estava com a mesma roupa --uma camisa marrom-- encontrada pela polícia nos locais onde pedaços de seu corpo foram deixados.
Às 5h de domingo (20), a babá chega ao apartamento --onde tem acesso limitado, não podendo circular por todos os cômodos. Por volta das 11h30, Elize desce até a garagem, pelo elevador de serviço, com três malas. Às 23h50, ela retorna, já sem as malas.
+ CANAIS
0 Comments:
Postar um comentário
Para o Portal Todos Contra a Pedofilia MT não sair do ar, ativista conclama a classe política de MT
Falta de Parceiros:Falsos militantes contra abuso sexual e pedofilia sumiram, diz Ativista
contato: movimentocontrapedofiliamt@gmail.com