Fotos da geladeira e despensa da instituição vazias foram enviadas à Folha
TARSIRA RODRIGUES
A Folha recebeu neste fim de semana denúncias relacionadas a excesso de autoritarismo por parte de alguns funcionários e falta de alimentação no Abrigo Feminino mantido pelo Governo do Estado e coordenado pela Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes). Na noite de sábado, 23, conforme a denúncia, duas adolescentes pularam o muro e fugiram da instituição, o informante não soube explicar o motivo da fuga das menores e disse que de acordo com relatos das adolescentes, estão ocorrendo excessos por parte de alguns plantonistas e que isso estaria causando a rebeldia das menores.
“Elas reclamam que o abrigo não proporciona momentos de lazer e que por mínimos desvios de conduta são colocadas de castigo”, explicou a fonte.
As adolescentes relataram ainda segundo e denúncia que a maioria dos funcionários age de forma respeitosa e carinhosa com elas e que até ‘cotas’ para alimentação em fins de semana alguns plantonistas já fizeram, mas em contrapartida a política de tratamento não se aplica a todos.
“Elas precisam ser tratadas como se estivessem na própria casa, afinal elas estão amparadas pelo Estado por serem vítimas e não ofensoras a lei, é preciso que o Ministério Público e outros órgãos competentes investiguem o que está acontecendo dentro desta unidade de amparo para que a situação não se transforme em caos total”, disse o contato da Folha.
OUTRO LADO – A Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) esclarece que informação de falta de alimento no Abrigo Feminino Pastor Josué não procede. A unidade é abastecida duas vezes na semana, com entregas às quartas e quintas-feiras e a alimentação das adolescentes e funcionários é preparada na própria unidade, que possui diariamente, quatro cozinheiras de plantão.
São servidas cinco refeições ao dia e o cardápio do almoço e jantar é variado incluindo bife bovino, isca de carne, assado de panela, frango assado e frito, entre outros. Também são servidas saladas, farofa e maionese. A direção do abrigo informou que não houve nenhum relato das adolescentes sobre reclamação em relação à comida servida na unidade.
Em relação às sanções relatadas pelas adolescentes, a direção esclarece que de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os abrigos funcionam como medida protetiva e provisória, até que a família natural tenha condições de receber de volta a adolescente.
“Enquanto essas meninas permanecem no abrigo, estão sujeitas as regras de boa-convivência e disciplina. Na unidade, existem horários destinados ao estudo e à recreação que inclui a utilização da sala de TV. Quando uma adolescente se recusa a ir para a escola, por exemplo, a medida disciplinatória é a privação do direto de assistir TV naquele dia, semelhante à postura adotada em qualquer família”, diz a nota.
A rotina das adolescentes é preenchida com a escola regular, reforço escolar no horário oposto ao da aula além das atividades recreativas e de convivência. Quando existe a possibilidade, elas também são encaminhadas para cursos de qualificação profissional ou inserção em programas sociais. Este mês, o abrigo iniciará um trabalho de estímulo à preparação para o programa Jovem Aprendiz dos Correios.
Atualmente, o abrigo atende a 12 adolescentes. Elas são encaminhadas à unidade pelo Juizado da Infância e Juventude e Conselho Tutelar por terem sido vítimas de situações como negligência e abandono familiar, violência física, psicológica e sexual ou abuso e exploração sexual no ambiente familiar, de modo que a orientação para resguardar a sua integridade é o afastamento provisório da família.
EVASÃO – A fuga foi confirmada. Segundo a Setrabes, uma das adolescentes chegou a agredir um plantonista que registrou um Boletim de Ocorrência relatando a situação. A direção do abrigo, conforme orienta a legislação, informará oficialmente a evasão das duas adolescentes nesta segunda-feira, 26, ao Conselho Tutelar, ao Juizado e também à Delegacia de Defesa do Direito da Criança e Juizado.
A informação preliminar é que uma das adolescentes teria saído para se encontrar com as irmãs que vieram do interior para uma festa. A outra adolescente possui um histórico de agressividade já tendo causado diversos problemas ao quebrar objetos e depredar a unidade, além de tentativas de agressão aos funcionários do abrigo
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