Enfermeiro do Hospital de Santarém é repetente em queixas de abuso sexual


O enfermeiro do Hospital de Santarém que está a ser julgado por alegadamente ter colocado o pénis nas mãos de duas pacientes já tinha sido alvo de um inquérito interno por actos de cariz sexual da mesma natureza.
Em 2008, uma jovem de nacionalidade moldava apresentou uma queixa contra este enfermeiro, alegando ter sido molestada durante um episódio de urgência.
A denúncia deu origem a um inquérito interno que acabou arquivado por falta de provas, num caso que se resumia à palavra da queixosa contra a do profissional.
O Conselho de Administração do Hospital ouviu ambos, e decidiu não dar andamento à queixa porque o relato da jovem era contraditório em relação a várias questões, como a cor da bata usada nessa noite, e ao facto do enfermeiro ter estado de serviço na triagem e não na urgência, onde teriam ocorrido os abusos reportados.
A 23 de Março e 9 de Abril de 2009, surgiram mais duas queixas contra o mesmo profissional que continuam a ser julgadas no Tribunal de Santarém, onde o arguido, de 29 anos, responde por dois crimes de coacção sexual.
A defesa sustenta que a presente acusação resulta de uma vingança orquestrada por alguém que teve conhecimento da primeira queixa arquivada.
Por determinação do colectivo de juízes, os órgãos de informação podem assistir às sessões do julgamento, mas estão proibidos de relatar os depoimentos das testemunhas.
Na audiência de terça-feira, foi ouvida uma das duas queixosas, de 53 anos (a outra, de 20 anos, depôs na sessão anterior), que relatou ao tribunal os factos constantes da queixa que já tinha apresentado à PSP e ao Hospital.
Foram ainda inquiridas uma colega de trabalho desta alegada vítima (que, curiosamente, é casada com um enfermeiro do Hospital que estava a investigar a denuncia da jovem de 20 anos), a enfermeira chefe do Hospital de Santarém (questionada sobretudo sobre o acesso aos fármacos no serviço de urgência), e uma amiga da imigrante de leste que avançou com a primeira queixa.

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