O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vão lançar uma campanha de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais. A iniciativa, que conta com o apoio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação dos Juízes Federais (Ajufe) e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) prevê ações de sensibilização e medidas práticas de combate a este e outros crimes praticados nas rodovias, como corrupção, tráfico de drogas e armas.
“Vamos sensibilizar a sociedade em relação a esses graves problema existentes nas estradas brasileiras, além de criar uma rede, para que as pessoas tenham conhecimento sobre os fatos e disponham de um canal para denunciá-los à Polícia Rodoviária Federal”, explica o conselheiro Paulo de Tarso Tamburini, que se reuniu, nesta quarta-feira (20/10), em Brasília, com representantes das entidades para tratar da parceria. Segundo o conselheiro, a idéia é que seja firmado um termo de cooperação para trabalhar na prevenção e combate a esses crimes.
Além de campanhas de sensibilização, o projeto prevê ações práticas de repressão nas estradas e capacitação dos agentes policiais. A Polícia Rodoviária Federal já mapeou quase dois mil pontos em toda a malha rodoviária brasileira considerados vulneráveis à exploração sexual de jovens. A idéia é intensificar o trabalho nessas regiões, com agentes capacitados e ações de inteligência, para reduzir a incidência desses crimes. “Com a conscientização da sociedade, a partir da campanha, certamente potencializaremos o resultado dos nossos serviços”, enfatiza o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Hélio Cardoso Derenne.
Os Estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul poderão ser os primeiros a lançar o projeto, como uma experiência piloto, por possuírem as duas maiores malhas viárias do país. Além disso, por Minas Gerais passam importantes estradas interestaduais brasileiras, enquanto o Rio Grande do Sul faz fronteira com países da América do Sul. Segundo o presidente da Anamatra, Luciano Athayde Chaves, a parceria tem fundamental importância no sentido de identificar e punir pessoas que praticam esses crimes. “Precisamos estimular o acesso à Justiça e o combate a essa grande chaga brasileira que é a exploração sexual infantil”, concluiu. (com informações do CNJ)
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