O Diretório Nacional do Cidadania decidiu hoje, em votação, que seguirá para a eleição nacional de 2022 junto com o PSDB. Os presidentes dos dois partidos, Roberto Freire e o tucano Bruno Araújo, vinham costurando o acordo em torno do nome do governador paulista João Doria como candidato à Presidência da República.
Este é o primeiro movimento formal de apoio de um partido na decisão do xadrez eleitoral para o Planalto em 2022. Conversas dos tucanos seguem com União Brasil e MDB. Com a criação das federações, válidas a partir da eleição deste ano, os partidos que decidirem se unir terão a obrigação de permanecerem juntos durante os quatro anos de mandato tanto nas eleições majoritárias para presidente, governador, quanto nas proporcionais para deputados.
De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), as legendas têm até o dia 31 de maio para registrar federações. Foram 56 votos a favor da união com os tucanos, 47 por uma aliança com o PDT e 7 abstenções. A possibilidade de se federar com o Podemos nem sequer avançou para o segundo turno da votação.
No Estado de Mato Grosso, o desanimo começa a tomar no Ninho dos Tucanos, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com a formação da Federação Partidária entre o PSDB e o Cidadania.
Para esta eleição de 2022, os deputados Tucanos já demonstraram preocupação com a possibilidade de não se reelegerem, ou até mesmo ficar sem representante na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT), segundo pessoas ligadas ao Ninho Tucano, estaria inviabilizado a reeleição de Wilson Pereira dos Santos e Carlos Avalone Junior.
As convenções partidárias devem ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto, quando todas as legendas devem oficializar a escolha de seus candidatos. Os registros de todas as candidaturas devem ser solicitados até 15 de agosto. O PSDB ainda não definiu se vai apresentar candidato ao Governo do Estado ou se vai manter apoio a Mauro Mendes (UB), caso ele decida disputar a reeleição. Também não há acordo para apoiar os nomes dos atuais pré-candidatos ao Senado nem definiu um nome da própria sigla à disputa.
Os Tucanos no momento, estão focados na formação de chapas proporcionais para o mês de outubro, e encontram dificuldades. Afinal, são 8 vagas na Câmara dos Deputados e 24 na Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL/MT).
Com a perda de integrantes dos dois partidos para outras legendas e a situação do deputado tucano Carlos Avallone Junior (PSDB), que foi cassado e exerce o mandato mediante recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), faltariam puxadores de votos para eleger pelo menos um representante da Federação Partidária no pleito de outubro.
Nas últimas eleições para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em 2018, Wilson Santos obteve 14.855 votos. Sua votação foi prejudicada devido a seu nome estar colado à gestão desgastada do então governador José Pedro Taques, de quem era o líder de Governo. Wilson Santos trabalha para as eleições de outubro próximo com a perspectiva de fazer de 20 a 25 mil votos. O problema é que a projeção indica que para se eleger um deputada a federação deve fazer pelo menos 60 mil votos.
A alternativa para Wilson Santos seria aproveitar a Janela Partidária, que começou nessa quinta-feira, 3 de março, e vai até 1º de abril para trocar de partido. Uma opção seria o Republicanos, de quem já recebeu convite.
Dois nomes que poderiam puxar votos não estarão na federação:
Toninho de Souza, que foi vereador por Cuiabá por três mandato e, em 2018, disputou para deputado estadual obtendo 17.133 votos saiu do PSDB e recentemente se filiou ao PSD, partido pelo qual deve concorrer para o Legislativo. O outro nome que poderia puxar votos para a Federação Partidária é o atual vereador por Cuiabá é Diego Guimarães, que deve deixar o Cidadania e ingressar no Republicanos para também disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.
Outro nome forte é o do deputado estadual Carlos Avallone Junior, que nas últimas eleições obteve 14.263 votos. Cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER/MT) em dezembro de 2020 por Caixa 2 e abuso de poder econômico, ele continua exercendo o cargo de deputado porque recorreu ao TSE com um efeito suspensivo de perda de mandato.
Problema é que se o TSE julgar até outubro a ação e confirmar a decisão do TRE-MT, ele estará inelegível e não poderá participar das eleições.
Federação Partidária
As Federações Partidárias, um novo instituto da política brasileira, serão testadas pela primeira vez neste ano. A modalidade foi aprovada pelo Congresso em 2021 e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 9 de fevereiro. Com a Federação Partidária, dois ou mais partidos devem atuar em conjunto por pelo menos quatro anos de uma legislatura e devem ter um candidato único a cargos no Executivo.
No período da Federação Partidária, os partidos mantêm a sua autonomia operacional e financeira, mas devem ter um candidato único a cargos no Executivo e agir juntos no Legislativo dos três níveis da federação, e ter um mesmo estatuto e programa partidário.
Os presidentes dos dois partidos, Roberto Freire, do Cidadania, e o tucano Bruno Araújo, já decidiram que o candidato à presidência da República será o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).
Para a formação da Federação Partidária, o Cidadania também estava em conversações com o PDT e o Podemos, mas a cúpula do partido em eleição realizada no Diretório Nacional no dia 19 de fevereiro decidiu pelos tucanos. – (Com Esportes e Notícias)
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