Mesmo antes de definir se irá encarar ou não a reeleição, o governador Mauro Mendes (UB) já encontra-se em uma sinuca de bico por conta do projeto de seus aliados. Somente em seu grupo político há três postulantes ao Senado.
O senador Wellington Fagundes (PL) já deixou claro que irá encarar as urnas visando permanecer no Senado Federal. O deputado federal Neri Geller (PP) está tentando viabilizar o seu nome para também pleitear a senatoria. Recentemente o nome do vice-governador Otaviano Pivetta também passou a ser cotado para a disputa.
Todos pleiteiam o apoio do chefe do Executivo Estadual na expectativa de aumentar a densidade eleitoral para o pleito deste ano. Isso porque, eles acreditam a eleição se tornará mais "fácil" tendo como cabeça de chapa um candidato sem competitividade ao governo.
Fagundes até tem sido cotado para peitar Mendes na eleição rumo ao comando do Palácio Paiaguás, mas tem se mostrado bastante relutante. O presidente Jair Bolsonaro (PL) trabalho no se convencimento a fim de garantir um palanque mais forte em Mato Grosso.
Para tirar o seu da reta, Fagundes, inclusive, abriu diálogo com o gruo de "oposição" a atual administração estadual. Recentemente ele se reuniu com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB). Também participaram da reunião aliados do governador, tais como o senador Jayme Campos e o presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho, ambos do União Brasil.
Neri, por sua vez, tem corrido pelas beiradas e já garantiu o apoio do MDB e PSD. Essa é uma forma que o parlamentar encontrou de "pressionar" Mendes e garantir o seu apoio.
Já Pivetta passou a cogitar a candidatura recentemente, mas ainda não se filiou a nenhuma agremiação. Ele está próximo do Republicanos, sigla que recebeu o vice-presidente da República Hamilton Mourão.
Desde o ano passado ele tenta ser convencido pelas lideranças políticas do arco de alianças do governador a repetir a dobradinha e continuar como vice-governador na eleição desse ano. Ele, contudo, afirma que não tem essa intenção.
Apesar disso, o seu nome é o único que seria unanimidade para ocupar a vaga. O fato deverá fazer com que o grupo trabalhe no sentido de fazer com que Pivetta recue da disputa ao Senado e se encare a reeleição junto com Mendes.
O governador garantiu que irá anunciar a sua decisão quanto a reeleição ou não somente no mês de abril, prazo final estipulado pela justiça eleitoral.
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