'Só se eu for candidato e Stopa mudar de lado', diz prefeito ao assegurar que o BRT não entra em Cuiabá

 

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À jornalistas, nesta segunda-feira(28), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro(MDB), foi curto e grosso, ao revelar que na sua gestão nenhuma obra do BRT [Ônibus de Trânsito Rápido], tocada pelo governo do Estado, começa na capital. Após ter sido questionado sobre sua posição, com relação a possibilidade das obras do modal iniciarem em Cuiabá, agora em maio. Depois da licitação para a construção da novo transporte na capital e em Várzea Grande, ter sido vencida pelo Consórcio Construtor BRT Cuiabá, composto por três empresas de São Paulo.

Pinheiro ainda foi enfático, ao brincar, que as obras anunciadas pelo governador Mauro Mendes(UB), seu ferrenho opositor, só terão início em Cuiabá, se seu vice, José Roberto Stopa(PV), se tornar prefeito e 'virar de lado', e na possibildade de ele[Emanuel] 'peitar' uma candidatura ao governo do Estado, nas eleições de outubro deste ano.

Este imbroglio de anos chegou mesmo a ganhar notoriedade nacional, novamente, após ser citada como motivo de vergonha, pelo participante do Big Brother Brasil 22, Gustavo Marsengo.

"Só se eu for candidato ao governo e Stopa mudar de lado. Como isto não vai ocorrer, então as obras não vão acontecer. Eu não quero."

Ao explicar, indignado, que a entrada da obra na capital seria um desrespeito de um entre federado a outro. Lembrando que o município tem autonomia, que tem suas políticas públicas, inclusive, possuiria uma mobilidade urbana bastante avançada. "Não quero esta obra. Como um ente federado quer mandar em outro, sem qualquer respeito. Sabendo que o município tem autonomia, tem suas políticas públicas. Inclusive, tem uma mobilidade urbana muito avançada. Aí chega e diz: nós queremos o BRT e vamos fazer. Vai não".

Ao pontuar que não seria somente ele, enquanto prefeito de Cuiabá, a repudiar a mudança de modal - Veiculo Leve Sobre Trilho para Ônibus de Trânsito Rápido - mas, igualmente, grande parte da população. Ao também responsabilizar o ex-governador Pedro Taques(Solidariedade), por todo este imbroglio, asseverando que o gestor, na época, poderia ter passsado o processo de responsabilização do modal para a administração da capital.

"O prefeito não quer e a maioria da cidade não quer. Claro todo este problema entre VLT e BRT piorou depois do Pedro Taques[ex-governador] pra cá. Ele deveria ter colocado isto nas nossas mãos".

Ainda prometendo usar de todas as armas jurídicas que estiverem à disposição de sua gestão e, assim, judicializar as obras do BRT, em Cuiabá. "Para fazer valer o direito do povo cuiabano, tenho a judicialização como alternativa. É o que me resta e eu faço tudo por Cuiabá. Eu posso garantir que na minha gestão não começa esta obra aqui". 

Entenda

O Consórcio Construtor BRT Cuiabá, composto por três empresas de São Paulo, venceu a licitação para a construção da novo modal de transporte da capital e de Várzea Grande, com uma proposta de R$ 468 milhões. O processo licitatório para a construção do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) foi na modalidade RDC - Regime Diferenciado de Contratação -, instituído em 2011 pelo governo federal para acelerar as obras da Copa do Mundo de 2014.

O consórcio vencedor deve apresentar todos os projetos necessários para as obras, entre eles de desapropriação, assim como obter licenças e adquirir veículos que serão usados no BRT. A previsão de construção é de 24 meses.

Um tempo, entretanto, que poderá não ser cumprido, já que existe uma 'guerra jurídica' movida por Emanuel Pinheiro, contra o Estado, para impedir a implantação do Bus Rapid Transit[BRT]. Defendendo com 'unhas e dentes' a continuidade das obras do Veiculo Leve Sobre Trilhos, com obras paradas desde a Copa do Mundo de Futebol, em 2014. E já tendo consumido mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos.

O projeto do governo é acelerar a implantação do modal BRT - que é movido à eletricidade. O anteprojeto prevê o aproveitamento de todas as obras de infraestrutura já executadas para implantação do VLT em ambas as cidades. A execução das obras, somada à aquisição da frota de ônibus, deverá demandar do Governo do Estado um investimento de aproximadamente R$ 622 milhões.

Sempre que pode, Mendes aponta uma economia de R$ 300 milhões quando comparada ao aporte necessário para a continuidade do projeto do VLT, na ordem de R$ 921 milhões, considerando as atualizações do projeto do modal ferroviário.

Big Brother Brasil

Este imbroglio de anos chegou mesmo a ganhar notoriedade nacional, novamente, após ser citada como motivo de vergonha, pelo participante do Big Brother Brasil 22, Gustavo Marsengo, que tem parentes em Rosário Oeste, interior do Estado. Que em conversa com amigos dentro do reality show, lembrou dos milhões que foram gastos com a obra, que nunca foi concluída. 

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