Igor Damázio da Silva, Paccola acusa Emanuel de dar promoção a alvos de CPI

 

O vereador Tenente-coronel Marcos Paccola: críticas à gestão Emanuel Pinheiro

Membro da CPI dos Medicamentos Vencidos, o vereador Tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) acusou a gestão Emanuel Pinheiro (MDB) de promover de cargo alvos da investigação que apontou prejuízo de mais de R$ 26 milhões aos cofres municipais. 

 

Conforme Paccola, três servidores cujo afastamento da gestão foi indicado como necessário no relatório da CPI foram remanejados para outros cargos ou promovidos após o pedido de indiciamento.

 

Um deles, segundo o vereador, é o ex-diretor do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá, Igor Damázio da Silva, que ocupava o cargo quando o escândalo dos remédios vencidos vieram à tona, em abril do ano passado.

 

“Ele é filho do ex-assessor estratégico do prefeito Emanuel Pinheiro, o Carlos Miranda, passou pela Secretaria de Gestão, depois foi para a Secretaria de Saúde, sempre exercendo cargos que ele não tinha competência para tal”, disse.

 

Depois do CDMIC, Paccola afirmou que o servidor foi remanejado para a coordenação de farmácia do Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá e agora está na Secretaria de Turismo, mesmo após as investigações.

 

Parece que quanto mais envolvidos elas estão nos escândalos e nas investigações, mais altos são os cargos disponibilizados para essas pessoas

“O que nos coloca nessa condição da solicitação afastamento dele é por ele ser não só o diretor do CDMIC [à época], mas também o fiscal de contrato que nós identificamos como fraudulento desde a sua elaboração de edital até a consolidação do final dele sem concorrência”, completou.

 

Outro servidor cujo afastamento foi pedido pela CPI e que agora se encontra como diretor-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública é Paulo Rós. Conforme Paccola, na época das investigações, ele era assessor jurídico.

 

“Ele fez obstrução de Justiça na operação do Ministério Público, também durante o curso da CPI, e claramente estava ali para defender interesses da gestão e dos contratos”, acusou.

 

“Agora é o diretor da Empresa Cuiabana, que tem o maior orçamento, e um orçamento que não tem transparência e diga-se de passagem é um dos maiores problemas de transparência da Prefeitura”, completou.

 

Segundo o vereador, o terceiro pedido de afastamento é de Gilmar Cardoso, que hoje é secretário-adjunto de Gestão.

 

“Ele claramente foi o interlocutor, negociou com a primeira-dama [Márcia Pinheiro] que não tem função dentro da administração, com relação ao momento oportuno de trazer a empresa Log Lab, que hoje já tem empenhado dentro do Portal Transparência da Prefeitura mais de R$ 170 milhões”, criticou.

 

A empresa, ressaltou Paccola, está entre os 10 maiores credores da Prefeitura. Apenas o contrato com a Saúde é de 2017 e estaria sendo aditado reiteradamente. O vereador apontou que a empresa já recebeu R$ 19 milhões por um contrato que inicialmente era de R$ 6 milhões.

 

“Trouxe para nós a certeza de que ele tem por responsabilidade cuidar e ampliar esses contratos. Hoje essas empresas estão em todas as secretarias, basicamente, não só na Saúde”, afirmou.

 

“E é difícil de você fiscalizar, porque é uma empresa de tecnologia da informação. Já foi declarada inidônea, conseguiu derrubar. E se não bastasse, quando a CPI pediu o afastamento dele, ele virou secretário-adjunto de Gestão”, criticou.

 

“Prova de fidelidade”

 

As críticas de Paccola foram feitas ao ser questionado sobre a demora, por parte do presidente do Legislativo cuiabano, Juca do Guaraná (MDB), no envio do relatório final da CPI ao Ministério Público Estadual.

 

Encerrada em dezembro, a CPI pediu o indiciamento do prefeito, da primeira-dama, de três empresas e mais 40 pessoas pelos milhares de remédios vencidos encontrados no depósito da Prefeitura de Cuiabá. 

 

Paccola comparou as promoções feitas pelo Executivo com uma "prova de fidelidade" dos envolvidos com a organização investigada pelos atos cometidos na Saúde da Capital.

 

“É incrível essa capacidade da gestão de promover essas pessoas. Parece que quanto mais envolvidos elas estão nos escândalos e nas investigações, mais altos são os cargos disponibilizados para essas pessoas”, disse. 

 

O relatório 

 

A CPI investigou a aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos e insumos realizados pela Secretaria de Saúde de Cuiabá.  

 

A comissão foi instaurada em maio de 2021 e apurou centenas de medicamentos vencidos encontrados no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (CDMIC) da Prefeitura de Cuiabá, no dia 23 de abril. 

 

Entre os remédios estocados, havia o AmBisome, cuja caixa custa cerca de R$ 20 mil.

 

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Fonte: MidiaNews
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