TEM QUE TRABALHAR MUITO Silval desdenha de suposto favoritismo de Taques para 2014


"Não tem essa de que em eleição há favoritos, esse climinha de já ganhou"; o Mauro [Mendes] achou que ia vencer por W.O e quase perdeu para o Lúdio

RepórterMT
Silval desdenha de TaquesSilval desdenha de Taques
ANA ADÉLIA JÁCOMO

O governador Silval Barbosa (PMDB) se irritou com a possibilidade de o senador Pedro Taques (PDT) o substituir com larga vantagem no próximo pleito. Durante entrevista no Palácio Paiaguás nesta quinta-feira (16), o chefe do Executivo afirmou que não há favoritismos em campanhas políticas e que o clima de "já ganhei" costuma frustrar a muitos.

Caso o senador e ex-governador por dois mandatos Blairo Maggi (PR) não concorra ao pleito, Taques é tido como o principal candidato, devendo polarizar a disputa com o grupo petista, que tenta convencer o juiz Julier Sebastião a entrar na disputa pelo Governo do Estado. "Em eleições não existe imbatível e nem o clima de "já ganhei ", disse o governador.

Silval aproveitou a oportunidade para alfinetar Taques e relembrou que ano passado, durante a disputa pela Prefeitura de Cuiabá, o afilhado político do senador e prefeito eleito Mauro Mendes (PSB), precisou "suar a camisa" para derrotar o ex-vereador Lúdio Cabral (PT).

Em uma aliança de última hora, o PT conseguiu o apoio do PMDB e lançou Lúdio e Francisco Faiad (PMDB) para a corrida pelo Palácio Alencastro. A eleição foi levada ao segundo turno e vencida por Mendes, no entanto, o grupo de Taques e de Silval empreenderam sequências de ataques pessoais durante o pleito, que, ao que tudo, indica, deixou cicatrizes.

"O Mauro Mendes achou que fosse vencer por W.O e entrou na campanha acreditando que venceria facilmente, mas ele e o Taques quase perderam para o Lúdio e para o Faiad. Não tem essa de que em eleição há favoritos. esse climinha de 'já ganhou'. Tem é que trabalhar e muito para vencer uma eleição", disparou Silval.

O cenário da disputa pelo Governo se repete ao ocorrido nas eleições municipais de Cuiabá. O PSB de Mendes, com o PDT de Taques, enfrentaram duramente PMDB e o PT. Como estratégia de campanha, Lúdio Cabral chegou a colocar no palanque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Silval. Mendes, que no Estado só tinha o recall de duas campanhas perdidas e o apoio de Taques, venceu o pleito no segundo turno com mais de 20 mil votos de diferença.

Desta vez, Taques deve entrar na disputa ainda mais “sozinho”. Sem um partido de peso, com poucos nomes fortes que possam o apoiar, o pedetista irá novamente lutar contra o discurso do alinhamento entre os governos estadual e federal. Mesmo assim, já é tido como favorito, ficando atrás apenas de Maggi (PR).