A hipótese levantada é de que a ação tenha sido coordenada pelo crime organizado, segundo informações preliminares dadas pelo polícia ao Legislativo cuiabano.
“A Polícia realizou todos os levantamentos necessários. Vamos identificá-los, com certeza, e os criminosos terão que responder à Justiça pelos seus atos. Não foi uma atitude de puro vandalismo, mas tipicamente terrorista e bem calculada. Inclusive, a distância entre o pavio e o produto inflamável, de alta combustão, conforme observação feita por um perito. Algo preparado por quem entende realmente do assunto”, frisou o presidente.
Por volta das 23 horas deste domingo (12), dois coquetéis molotov foram arremessados dentro do prédio da Câmara, sendo que um caiu no gabinete do vereador Toninho de Souza e outro no do vereador Ricardo Saad. Como o pavio caiu da garrafa, as bombas caseiras não explodiram. Outros dois coquetéis foram deixadas em frente ao prédio. Esses também não funcionaram. Apenas as vidraças foram quebras em função do arremesso das garrafas.
De acordo com peritos da Politec, as garrafas continham gasolina e querosene. Só não explodiram em função da vedação natural da película de vidro das janelas.
Embora o prédio do Parlamento conte com câmeras de segurança, elas não registraram a ação ocorrida neste domingo. Segundo o presidente, como está acontecendo uma exposição de flores no espaço, as tendas impediram o registro do atentado. Para o presidente, esse ponto foi levado em consideração para que as pessoas organizassem o atentado.
A perícia encontrou digitais no local, porém nenhum nome até o momento foi revelado. A suspeita é de que pelo mesmo quatro pessoas tenham participado do ato.
“Essa atitude nos remonta ao período anarquista. Mas não nos intimida. A Câmara continuará firme no seu trabalho de representar o município e os interesses dos seus habitantes. Tanto que não alteramos datas nem horários das sessões ordinárias e itinerantes por causa disso. Se alguém agiu dessa forma para nos amedrontar, cometeu um erro grave. Qualquer atitude intimidativa servirá de combustível para irmos avante com nossas propostas de moralização nas coisas que acontecem de erradas e prejudicam setores sociais”, relatou o presidente.
Gabinetes
Segundo informou o presidente da Câmara, a Polícia não acredita que os gabinetes atingidos pelos coquetéis eram alvos específicos, mas que a intenção real era incendiar todo o prédio.
Para garantir que as sessões ocorram com segurança e que outros atos de terrorismo não sejam direcionados ao Paço Moreira Cabral, João Emanuel adiantou ter solicitado audiência com o Comando Geral da PMMT, na qual oficializará pedido para que a instituição designe um Corpo de Guarda permanente no prédio da Casa de Leis cuiabana.
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