STF nega pedido de liberdade para William da Rocinha e Perninha, acusados de venderem fuzil para o traficante Nem


William da Rocinha e Perninha foram flagrados num vídeo supostamente negociando um fuzil com Nem da Rocinha
William da Rocinha e Perninha foram flagrados num vídeo supostamente negociando um fuzil com Nem da Rocinha Foto: Reprodução de vídeo
Carolina Heringer
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O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, na última sexta-feira, liminar de habeas corpus pedida pela defesa de William de Oliveira, o William da Rocinha, e Alexandre Leopoldina Pereira, o Perninha, como adiantou, nesta segunda-feira, a coluna do jornalista Ancelmo Gois, do jornal “O Globo”. O pedido foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski.
William, ex-presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, e Perninha, seu vice, estão presos em processo no qual respondem por associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo, depois de serem flagrados num vídeo, numa suposta venda de um fuzil, para o então chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que também é acusado no processo.
A defesa de William da Rocinha e Perninha já tinham pedido a liberdade da dupla ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dezembro, mas a solicitação também foi negada. No mesmo mês, eles pediram à Justiça do Rio o relaxamento de suas prisões preventivas, mas também não conseguiram.
Ao entrar com o habeas corpus, a defesa sustentou que a gravidade dos crimes que eles teriam cometido “não é suficiente para fundamentar” a prisão preventiva, e que todas as testemunhas já foram ouvidas em juízo. Ao negar o pedido, o ministro Lewandowski considerou que não havia motivos para concessão da liminar, uma vez que a decretação da prisão dos dois demonstra a necessidade da medida para “garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal”.
Reviravolta
Em dezembro do ano passado, um ex-morador da comunidade e testemunha do processo, Flávio Henrique Moreira de Lima Casser, disse, ao prestar depoimento em audiência da ação, que foi obrigado a editar o vídeo no qual Perninha e William foram flagrados. Casser assumiu ter editado as imagens do vídeo por ordem do traficante Vanderlan Barros de Oliveira, conhecido como Feijão, ex-presidente da Associação de Moradores da Rocinha, morto na comunidade em março do ano passado. Segundo Casser, Feijão pediu para retirar imagens dos rostos de outros traficantes, que podiam ser facilmente identificados, e também do momento em que Nem entrega um fuzil a Perninha.



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