Professores de agrupamento escolar demitem-se após caso de pedofilia


O professor acusado de pedofilia demitiu-se do cargo de direcção de um agrupamento escolar, assim como toda a sua equipa, revela o Ministério da Educação, adiantando que está a analisar o futuro do docente.O jornal Expresso avançou este sábado a notícia de que um professor, condenado em 2006 a três anos de pena suspensa por crimes de pedofilia, tinha sido escolhido para presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) de um Agrupamento da Pontinha, composto por 14 escolas, com 2800 alunos entre os três e os 18 anos.
O gabinete de imprensa do Ministério da Educação e Ciência (MEC) anunciou hoje que o docente pediu a demissão do cargo de presidente, assim como os restantes quatro elementos da CAP. O Ministério avançou ainda que "será nomeada em breve uma nova CAP".
Questionado pela agência Lusa sobre se o docente, que era professor de geografia, voltará a dar aulas ou se vai permanecer na escola, o gabinete do MEC disse apenas que "a questão está a ser analisada".
O gabinete de imprensa explicou ainda como foi feita a escolha deste professor: "Os directores dos dois estabelecimentos de ensino agregados foram convidados a presidir à Comissão Administrativa Provisória, tendo ambos recusado o convite. Nessa circunstância, a directora de um dos estabelecimentos indicou um nome para presidir à CAP, tendo sugerido o nome do docente em causa. O mesmo aceitou, tendo a sua equipa sido constituída por elementos dos dois estabelecimentos de ensino agregados".
Na segunda-feira de manhã, o ministro da Educação, Nuno Crato, disse que seriam tomadas medidas "rapidamente" e, ao final do dia, os cinco elementos da direcção do agrupamento acabaram por apresentar a sua demissão.
As associações de pais defendem que o docente deve ser impedido de dar aulas.
Lusa/SOL