Pousadas interditadas na Asa Norte serviam para a prostituição


Ação feita pela PM em conjunto com a Agefis interdita 11 hospedarias e comprova que duas funcionavam como pontos para programas. Irregularidades também ocorrem em quitinetes, transformadas em moradia e exploradas pelo tráfico

Publicação: 04/05/2013 07:59 Atualização:
Na 712 Norte, fiscais da Agefis e PMs fecharam uma pousada que usava uma lan house como fachada (Bruno Peres/CB/D.A Press)
Na 712 Norte, fiscais da Agefis e PMs fecharam uma pousada que usava uma lan house como fachada


O assassinato da garota de programa Raquel Nascimento, 26 anos, em uma quitinete da comercial da 210 Norte, deixou em alerta as equipes de segurança e de fiscalização do Distrito Federal. Doze dias após o homicídio, a Polícia Militar, com o apoio da Agência de Fiscalização do DF (Agefis), deflagrou uma ação para interditar pousadas irregulares em funcionamento na Asa Norte. Os estabelecimentos são alvo constante de reclamações de vizinhos, sob a alegação de que favorecem a prostituição e o tráfico de drogas. Ao longo da semana, o Correio percorreu diversas quadras comerciais da Asa Norte e flagrou, além de hospedarias ilegais, salas comerciais alugadas para moradia e sem alvará de funcionamento.

Durante a Operação Puritaten, foram interditadas 11 hospedarias localizadas nas quadras 700, ao longo da W3 Norte, entre as noites de quinta-feira e ontem. “Essa é uma ação pontual, que organizamos depois de muitas denúncias. Mapeamos que a maior parte das ocorrências na Asa Norte se localizam perto da W3, e isso, direta ou indiretamente, tem ligação com o favorecimento à prostituição e ao tráfico de drogas na área”, explica o tenente-coronel Júlio César Lima de Oliveira, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela ação. “Agora, manteremos a fiscalização para saber se eles permaneceram fechados ou voltaram a abrir.”