Operação em que traficante Matemático morreu é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil por ter colocado moradores em risco


As marcas brancas são os tiros perto do carro onde estava Matemático
As marcas brancas são os tiros perto do carro onde estava Matemático Foto: TV Globo / Reprodução
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A operação feita na Favela da Coreia, na noite do dia 11 de maio do ano passado, em que foi morto o traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, pode ter colocado em risco moradores da comunidade, conforme o “Fantástico”, da Rede Globo, mostrou neste domingo. Especialistas em segurança analisaram imagens da ação, feitas de uma câmera instalada no helicóptero da Polícia Civil, e viram falhas na conduta dos policiais, que fizeram disparos aéreos em área residencial. A ação é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil.
Na ocasião, a Polícia Federal repassou informações do paradeiro do traficante aos policiais civis, que estavam na aeronave. A perseguição se estendeu por nove quarteirões e durou dois minutos.
As imagens mostram que casas e um prédio foram alvejados. Os áudios da gravação da perseguição revelam que os policiais não tinham certeza absoluta de que o alvo era Matemático. “Tá parecendo ele, hein?”, diz um deles. O outro responde: “É isso aí. Parece mesmo”.
O carro com o traficante passa perto de casas
O carro com o traficante passa perto de casas Foto: TV Globo / Reprodução
Para o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel, apesar de a aeronave ter sido alvejada, a quantidade de tiros dos policiais foi demasiada:
- Se a perseguição fosse num bairro residencial de classe média será que a polícia faria essa quantidade de disparos? Certamente não.
O piloto Adonis Oliveira, que comandava o helicóptero, defendeu a ação:
- Apesar de a imagem ser feita a uma distância muito longa, e à noite, por conta do biotipo, a gente tinha certeza que era o Matemático.
A chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, admitiu a possibilidade de uma “ação desproporcional”.
- A corregedoria investiga a ação há 15 dias. O papel da polícia é prender. A morte é em último caso.


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