Gaeco realiza novas apreensões no caso de suspeito de pedofilia em Londrina, Marcos Colli

  • Juliana Leite
O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina realizou, nesta quinta-feira (23), novas apreensões na residência do advogado Marcos Colli, suspeito de pedofilia. As ações foram motivadas por um novo procedimento instaurado pelo Ministério Público (MP), que apura possíveis crimes sexuais cometidos pelo assessor parlamentar afastado da Câmara Municipal e ex-presidente do diretório municipal do Partido Verde (PV).
De acordo com o blog O Monitor da Câmara, foram apreendidas roupas e outros objetos na casa de Colli. Na última segunda-feira (20), quando o advogado foi detido, os policiais já haviam cumprido mandados de busca e apreensão em sua casa e escritório.
O caso corre em segredo de Justiça por envolver menores de idade. De acordo com o delegado do Gaeco, Alan Flore, "o conjunto probatório é extremamente sólido e consistente no sentido de apontar para crimes de uma enorme gravidade".
No MP, familiares e supostas vítimas também depõem sobre o caso nesta tarde de quinta-feira.
Em entrevista ao portal odiario.com, o delegado Alan Flore confirmou as medidas de busca e apreensão, porém preferiu não comentar o que teria sido levado nem a sua motivação. "Hoje fizemos nova apreensão de forma a complementar àquela que havia sido cumprida dias atrás. Nem o que foi recolhido e nem o que motivou isso porque o procedimento corre em segredo de justiça", disse.
Flore também comentou que enquanto a investigação estiver em andamento pode se comprovar a prática de outros crimes e o envolvimento de outras pessoas. Ele afirmou que o númer de vítimas é expressivo.
A promotora Suzana Feitosa de Lacerda são muitas vítimas. O número das crianças abusadas, segundo ela, passa de dez. "Encontramos imagens que comprovam fatos criminosos. Nós estamos buscando as vítimas e elas estão nos procurando. Qualquer informação sobre o número de vítimas acaba na especulação", declarou.
A promotora disse que as vítimas que venham a ser ameaçadas devem procurar o Ministério Público e o Gaeco. Até o momento, os órgãos não receberam a informação sobre retaliações. "Nem eu e nem o dr. Alan temos nenhuma informação nesse sentido. Ninguém nos procurou neste momento nos dizendo isso. Muitas das (vítimas) que ouvimos mencionaram receio. Mas essa situação de medo e ameaça recente das novas vítimas nós não temos notícia", afirmou.
Marcos Colli doi denunciado por estupro de vulnerável. A ação foi acolhida pela 6ª Vara Criminal em Londrina. O advogado segue detido em uma sala do quartél do Corpo de Bombeiros.