Em reunião com Mendes, senadores defendem direitos iguais para novos partidos


Pedro Taques alertou que o tema demonstra, mais uma vez, a necessidade de uma reforma política profunda no país.
Fonte: Assessoria

Um grupo de senadores se reuniu na tarde desta terça-feira (30) com o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para manifestar o apoio à decisão liminar dele de suspender a tramitação do projeto de lei que dificulta a criação de partidos políticos. “O Supremo quer colocar o Legislativo no eixo e nós viemos mostrar que no Senado existem senadores que apoiam esta ação”, afirmou Pedro Taques (PDT), um dos participantes do encontro.

“Defendo o pluralismo político e como consequência disso a criação de partidos políticos. Não adianta criar partidos políticos e não ofertar a eles o direito de antena, de se manifestarem, de exporem suas ideias. Para isso se faz necessário tempo de tevê e direito ao fundo partidário”, argumentou.

Além do matogrossense, participaram do encontro os senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Ana Amélia (PP-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), João Capiberibe (PSB-AP), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) , Álvaro Dias (PSDB-PR) e Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Pedro Taques alertou que o tema demonstra, mais uma vez, a necessidade de uma reforma política profunda no país. O senador integrou a Comissão de Reforma Política do Senado, em 2011, e indagou os motivos da discussão ter ficado “engavetada” e voltar à pauta do Congresso Nacional justo no ano que antecede as eleições majoritárias. 

“Eu sou favorável que tenhamos uma reforma política, que se discuta sim a quantidade de partidos que nós temos no Brasil. Mas, não assim com essa urgência, patrolando os senadores que são contrários”, completou.

O PLC 14/2013 cria regras diferentes para novos partidos ao impedir a transferência do tempo de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos deputados que trocam de partido durante a legislatura.