Dra. Danúbia Catarina Oliveira, promotora da justiça infância e juventude, numa entrevista cedida à Rede Baiana de Rádio, explana que o Ministério Público muito tem feito para combater a exploração sexual. Ela fala que existe uma campanha nacional do Disk 100, que é um número de denúncia gratuito, no qual qualquer pessoa pode noticiar anonimamente. “A realidade é que o inimigo, muitas vezes, não está na rua, mas em casa ou na vizinhança e devido a isso é que esses crimes se mantêm em silêncio durante algum tempo. É preciso que isso saia do seio da família e vá às autoridades e o MP está de portas abertas para apurar e verificar qualquer denúncia que chegue, pois se trata de um crime grave que precisamos combatê-lo”, coloca.
A promotora relata que a reunião que aconteceu na última terça (07) entre autoridades públicas do município para discutir o assunto, foi muito proveitosa, pois os órgãos de combate puderam conversar entre si e se unirem, fortalecendo ainda mais o combate à esse tipo de prática criminosa e o tratamento dessas vítimas que precisam de acompanhamento por ficarem com sérios traumas. “Discutimos também sobre doenças sexualmente transmissíveis, que as vítimas devem ser encaminhadas para tratamento de saúde e foi uma iniciativa muito boa”, considera. A Dra. Danúbia atenta para a importância de se fazer a denúncia, “todos devem estar atentos para uma possível mudança de comportamento da criança e se a vítima quiser procurar autoridades logo quando acontecer a agressão, ela pode procurar o MP, temos meios jurídicos de afastar o agressor do lar para proteger essa criança”. No entanto a promotora comenta que a autoridade pública não pode fazer nada quando não se conhece os fatos, “é preciso que os fatos cheguem ao conhecimento da autoridade e que esse medo de denunciar seja abolido, pois os criminosos vivem da certeza da impunidade”, conclui.
Redação Voz da Bahia- Laiana Vieira
