Após ser preso por suspeita de pedofilia, Colli é exonerado da Câmara de Londrina


  • Pauline Almeida
O presidente da Câmara Municipal de Londrina, Rony Alves, emitiu uma nota oficial, por volta das 22h30 dessa segunda-feira (20), em que exonera o assessor Marcos Colli, detido por suspeita de abuso sexual de crianças. Sua prisão foi decretada pela 6ª Vara Criminal e foi cumprida pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

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Colli, presidente do diretório municipal do Partido Verde (PV), desempenhava o papel de assessor na presidência do Legislativo. Rony Alves informou na nota que estava surpreso com a notícia e havia determinado imediato afastamento. "É importante esclarecer que a prisão do assessor pelo Gaeco não tem nenhuma relação com o trabalho desenvolvido na Câmara", publicou.
Na manhã desta terça-feira (21), em entrevista à rádio Paiquerê AM, a promotora da 6ª Vara Criminal, Suzana Lacerda, informou que o caso corre em segredo de Justiça. O pedido de prisão foi emitido com base na denúncia de crime sexual contra criança, com pena prevista de oito a 15 anos.

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Após ser preso por suspeita de pedofilia, Colli é exonerado da Câmara de Londrina
Colli já foi candidato a vereador de Londrina

"Recentemente comemorou-se o Dia Nacional de Luta contra o Abuso Sexual e nós trabalhamos em rede, grupos de pessoas, quer seja no Ministério Público ou no poder judiciário, que integram o município, ongs. A rede nos traz muitas informações e eu posso dizer que trabalhando em conjunto é que a gente consegue combater esse crime", declarou a promotora sobre como surgiu a denúncia contra Colli.
O presidente do PV está detido preventivamente na unidade 2 da Penitenciária Estadual de Londrina. Suzana Lacerda orientou os pais para que fiquem atentos aos filhos, pois as pessoas que se envolvem em crimes contra crianças são sorrateiras.
"É preciso ter cautela, é preciso sim monitorar o filho na internet, não só na internet, como no convívio social porque o perfil das pessoas que participam desse tipo de delito é da pessoa que está acima de qualquer suspeita. Normalmente, quando os casos vêm à tona causam uma surpresa", comentou à rádio Paiquerê AM.
Questionada se mais pessoas estariam envolvidas na denúncia, a promotora disse que não poderia dar mais detalhes. O advogado de Colli, Maurício Carneiro, deve pedir sua transferência para uma sala do Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar nesta quarta-feira, já que é advogado.